|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ÁGUIA EM TRANSE
Taxa de expansão do indicador fica em 1,1% no 2º trimestre, contra 8,6% nos três primeiros meses
Produtividade já cresce menos nos EUA
DA REDAÇÃO
Em mais um indicador de que a
atividade econômica norte-americana voltou a perder intensidade, a produtividade cresceu a uma
taxa anualizada de apenas 1,1% no
segundo trimestre. No primeiro
trimestre, a produtividade (total
produzido por trabalhador por
hora) havia saltado 8,6%, o maior
ritmo em quase 20 anos.
Os analistas já previam que haveria uma desaceleração, refletindo a própria queda na atividade
econômica. No segundo trimestre, o PIB (Produto Interno Bruto) expandiu-se a uma taxa anualizada de 1,1%, depois de ter crescido a um ritmo de 5% nos três
primeiros meses do ano.
Desde o segundo trimestre do
ano passado a produtividade não
crescia tão pouco. Mas ainda assim ficou acima do que estimavam alguns analistas.
"Trata-se de uma queda temporária e esperada", disse Ken Mayland, presidente da consultoria
ClearView Economics. "Não há a
menor dúvida de que, assim que a
economia se recuperar, a produtividade também vai crescer."
Nos 12 meses encerrados em junho, a produtividade da economia norte-americana cresceu
4,7%. "Isso é enorme", comentou
Mayland.
As empresas, ante um cenário
econômico incerto, resistem a
contratar novos funcionários e a
fazer investimentos.
Isso acaba restringindo as perspectivas de recuperação. Com a
produtividade em baixa, o gasto
relativo com mão-de-obra aumentou. No trimestre passado, o
custo de cada trabalhador cresceu
a uma taxa anualizada de 2,4%.
Nos três meses antecedentes, o indicador tinha mostrado uma queda de 4,6%.
O Departamento do Trabalho
também revisou os números de
anos anteriores. No ano passado,
a produtividade cresceu 1,1%, e
não 1,9%, como fora relatado. O
crescimento de 2000 foi cortado
de 3,3% para 2,9%. O desempenho de 1999 aparece um pouco
melhor -crescimento de 2,4%
em vez de 2,3%.
Alan Greenspan, o presidente
do Federal Reserve (banco central
dos EUA), vem dando declarações otimistas sobre o avanço da
produtividade no futuro. Greenspan, entre outros economistas,
defende que os fortes ganhos durante os anos 90 não se deveram
exclusivamente à introdução de
novas tecnologias, mas foram resultado também de um avanço estrutural mais profundo e duradouro na maneira como as empresas são administradas.
Ganhos em produtividade permitem que as companhias tenham uma maior margem de lucro e paguem mais para seus funcionários. Além disso, ajudam a
conter a inflação.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Caixa pressionado: Déficit da Previdência vai a R$ 8 bi Próximo Texto: Dow Jones vive melhor semana desde setembro Índice
|