DA REDAÇÃO

Os três principais índices das Bolsas norte-americanas fecharam em alta no acumulado da semana -a primeira vez em que isso ocorre em três meses. Já as ações européias tiveram a melhor semana em dez meses.
O índice Dow Jones, depois de iniciar o dia em queda sob o impacto da desaceleração na produtividade, fechou em ligeira alta de 0,38%. Entre segunda e sexta-feira, o Dow Jones subiu 5,2% -foi a terceira semana consecutiva de recuperação e a maior valorização desde setembro de 2001.
A caça de pechinchas (ações consideradas baratas) e a perspectiva de uma nova redução na taxa de juros (que seria a 12ª desde janeiro do ano passado) animaram Wall Street na semana que passou. O megapacote do FMI (Fundo Monetário Internacional) também deu uma certa euforia aos investidores, porque os papéis de bancos que têm grande presença acabaram se valorizando.
A Nasdaq, Bolsa dominada pelas empresas tecnológicas, cedeu 0,79% ontem, mas fechou a semana com ganho de 4,7%, depois de amargar retração em cinco semanas. O índice Standard & Poor's 500 ganhou 0,35% ontem e 5,1% na semana.
"O combustível da alta nesta semana foi a especulação de que o Fed será mais agressivo, cortando a taxa de juros já na próxima terça-feira", disse Phil Orlando, diretor de investimentos da consultoria Value Line Asset Management. "No nosso entender, tal expectativa não é apropriada."
A maioria dos analistas não espera que o Federal Reserve reduza os juros na reunião da terça-feira. Mas o economista-chefe do Morgan Stanley, Dick Berner, afirmou que espera um corte de 0,5 ponto percentual.
Para Berner, o Fed agiria assim para evitar uma recessão de duplo mergulho (dois períodos de contração com uma ligeira expansão entre eles). Desde dezembro passado, a taxa está em 1,75% ao ano, a menor em 40 anos.
O índice FTSE Eurotop, com as 300 maiores empresas européias, acumulou alta de cerca de 5% na semana, o melhor desempenho desde setembro.



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