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IGP-DI recua pelo 2º mês seguido
IVONE PORTES
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
A desaceleração dos preços
agrícolas no atacado e dos alimentos no varejo e a menor pressão dos combustíveis amorteceram o impacto dos aumentos das
tarifas de telefonia fixa e luz na inflação medida pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) em julho.
O índice, calculado pela FGV
(Fundação Getúlio Vargas), passou de 1,29% para 1,14% entre junho e julho. Em maio, havia atingido 1,46%.
O IPA (Índice de Preços por
Atacado), que tem peso de 60%
na composição do IGP-DI, diminuiu de 1,57% para 1,35% no período. Com a melhora do clima e a
safra de alguns produtos, os preços agrícolas reduziram a alta de
0,52% para 0,26% entre junho e
julho.
O grupo alimentação, porém,
que registrou índice negativo em
junho, subiu 0,41% no mês passado, em razão de problemas com
produtos industrializados, como
açúcar.
As chuvas prejudicaram o corte
da cana-de-açúcar em algumas
áreas do país.
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que mostra a variação
no varejo, desacelerou de 0,78%
para 0,59% no período.
A maior pressão no varejo veio
do grupo habitação -de 0,32%
para 1,31%-, por causa dos reajustes de telefonia e da conta de
luz, que responderam por mais da
metade da inflação ao consumidor no mês passado.
Energia elétrica teve alta de
4,43%, enquanto a assinatura e o
pulso de telefone residencial subiram 4,89%. Diferentemente das
tarifas, o item alimentação saiu de
uma taxa de 1,27% para 0,02%,
perto da estabilidade.
De acordo com Salomão Quadros, coordenador de análises
econômicas da FGV, os combustíveis, que tiveram o pico de alta
no início da segunda quinzena de
julho, já provocam menos pressão nos preços tanto no atacado
como no varejo. A gasolina, por
exemplo, diminuiu o ritmo de aumento no varejo de 3,71% para
0,89%.
O INCC (Índice Nacional do
Custo da Construção) subiu de
0,70% para 1,12%, puxado tanto
por materiais e serviços quanto
por mão-de-obra.
O IGP-DI registra alta de 8,11%
no acumulado do ano e de 11,60%
em 12 meses.
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