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MERCADO FINANCEIRO
Nova alta do petróleo e proximidade da reunião do BC dos EUA concentraram as atenções ontem
Banco rebaixa títulos da dívida brasileira
DA REPORTAGEM LOCAL
O banco CSFB (Credit Suisse
First Boston) recomendou ontem
a seus clientes que reduzam as
aplicações em títulos da dívida
brasileira.
Em relatório, a instituição cita o
"ambiente de maior ruído político (mais recentemente envolvendo o presidente do Banco Central)" dentre as justificativas para
alterar sua recomendação.
Na semana passada, o banco
norte-americano JP Morgan havia tomado decisão em sentido
oposto, ao elevar sua recomendação para títulos do Brasil.
No mercado, o impacto foi pequeno: dentre os principais títulos da dívida brasileira negociados lá fora, o Global 40 subiu
0,35%, e os C-Bonds tiveram pequena baixa -de 0,19%.
A atenção do mercado financeiro ontem esteve mais voltada para
o petróleo (que bateu novo recorde de preço) e para a proximidade
da decisão do Fed (banco central
dos Estados Unidos) sobre os juros norte-americanos.
O CSFB é a instituição financeira em que trabalhava Rodrigo
Azevedo quando foi indicado, no
dia 28 de julho, para substituir
Luiz Augusto Candiota como diretor de Política Monetária do BC.
O banco sugeriu a seus clientes,
em contrapartida, elevarem sua
posição em papéis do México.
Em baixa
A Bolsa de Valores de São Paulo
fechou ontem com recuo de
1,81%, acompanhando a queda
registrada nos principais mercados acionários do mundo.
No mês, a Bolsa paulista passou
a acumular desvalorização de
4,8%, devolvendo quase todo o
ganho de julho.
O dólar encerrou as operações a
R$ 3,04, com alta de 0,23%.
Com o petróleo se mantendo no
atual patamar, o temor é que a
elevação do preço do produto seja
repassada internamente para os
combustíveis, decisão que teria
reflexos diretos sobre a inflação.
Nesse cenário, os juros futuros
subiram mais um pouco na
BM&F (Bolsa de Mercadorias &
Futuros). No contrato DI com
prazo de resgate daqui a um ano,
a taxa subiu de 17,69% para
17,73% anuais.
No pregão de ontem da Bovespa, a liderança das altas ficou com
a ação ON (ordinária) da Tractebel, que registrou valorização de
3,3%. Já a ação PN da Tele Leste
Celular foi a que mais caiu (4,7%).
(FABRICIO VIEIRA)
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