São Paulo, terça-feira, 10 de agosto de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Nova alta do petróleo e proximidade da reunião do BC dos EUA concentraram as atenções ontem

Banco rebaixa títulos da dívida brasileira

DA REPORTAGEM LOCAL

O banco CSFB (Credit Suisse First Boston) recomendou ontem a seus clientes que reduzam as aplicações em títulos da dívida brasileira.
Em relatório, a instituição cita o "ambiente de maior ruído político (mais recentemente envolvendo o presidente do Banco Central)" dentre as justificativas para alterar sua recomendação.
Na semana passada, o banco norte-americano JP Morgan havia tomado decisão em sentido oposto, ao elevar sua recomendação para títulos do Brasil.
No mercado, o impacto foi pequeno: dentre os principais títulos da dívida brasileira negociados lá fora, o Global 40 subiu 0,35%, e os C-Bonds tiveram pequena baixa -de 0,19%.
A atenção do mercado financeiro ontem esteve mais voltada para o petróleo (que bateu novo recorde de preço) e para a proximidade da decisão do Fed (banco central dos Estados Unidos) sobre os juros norte-americanos.
O CSFB é a instituição financeira em que trabalhava Rodrigo Azevedo quando foi indicado, no dia 28 de julho, para substituir Luiz Augusto Candiota como diretor de Política Monetária do BC.
O banco sugeriu a seus clientes, em contrapartida, elevarem sua posição em papéis do México.

Em baixa
A Bolsa de Valores de São Paulo fechou ontem com recuo de 1,81%, acompanhando a queda registrada nos principais mercados acionários do mundo.
No mês, a Bolsa paulista passou a acumular desvalorização de 4,8%, devolvendo quase todo o ganho de julho.
O dólar encerrou as operações a R$ 3,04, com alta de 0,23%.
Com o petróleo se mantendo no atual patamar, o temor é que a elevação do preço do produto seja repassada internamente para os combustíveis, decisão que teria reflexos diretos sobre a inflação.
Nesse cenário, os juros futuros subiram mais um pouco na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). No contrato DI com prazo de resgate daqui a um ano, a taxa subiu de 17,69% para 17,73% anuais.
No pregão de ontem da Bovespa, a liderança das altas ficou com a ação ON (ordinária) da Tractebel, que registrou valorização de 3,3%. Já a ação PN da Tele Leste Celular foi a que mais caiu (4,7%).
(FABRICIO VIEIRA)


Texto Anterior: Tensão: Petróleo volta a bater recorde após suspensão da produção no Iraque
Próximo Texto: O vaivém das commodities
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.