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PRODUÇÃO
Estado colherá 3,7 milhões de toneladas, contra a previsão inicial de 5,7 milhões; Centro-Oeste garante estoques
Colheita do milho safrinha despenca no PR
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
A colheita do milho safrinha,
em fase final no Paraná, mostrou
recuo de 35% na produção do Estado em relação às estimativas iniciais. O bom desempenho do milho safrinha, no entanto, na região
Centro-Oeste, não irá afetar a
oferta do produto no país.
Com estimativa inicial de produzir 5,7 milhões de toneladas na
safrinha, o Paraná vai colher 3,7
milhões. O recuo é maior se for
comparado o resultado desta safra com a passada, quando o Estado colheu 6 milhões de toneladas.
Estiagem no início do plantio,
geadas e depois chuvas no final do
ciclo foram os componentes climáticos responsáveis pela má
performance da safrinha.
A produção nacional de milho
safrinha -que é plantado logo
após a safra de verão, a principal
em termos de volume- deve ficar em 9,9 milhões de toneladas,
de acordo com estimativas da Conab (Companhia Nacional de
Abastecimento), graças aos bons
desempenhos das lavouras do
Centro-Oeste (Mato Grosso do
Sul, Mato Grosso e Goiás).
Com a produção da safra de verão, que ficou em 32,4 milhões de
toneladas, e com estoques remanescentes de 6,5 milhões de toneladas, o país não deverá ter problemas no abastecimento.
Segundo Vera Zardo, técnica do
Deral (Departamento de Economia Rural) do Paraná, os principais consumidores internos de
milho -avicultores e criadores
de suínos- não devem esperar
alta de preços devido ao recuo da
safra paranaense.
O consumo interno de milho
neste ano deverá ficar em 40,4 milhões de toneladas. O país deverá
exportar 4,5 milhões de toneladas. Apesar do quadro positivo, o
país se prepara para a safra de verão com estoques remanescentes
menores, estimados em cerca de 4
milhões de toneladas.
Segundo Zardo, a preocupação
da cadeia do milho deve estar voltada para a safra de verão, que dependerá do desempenho do preço da soja no mercado externo
para ter ou não expansão de área.
Para este semestre, os preços
podem não ser muito favoráveis
para os produtores, mesmo com a
queda na safrinha. Os EUA devem colher safra recorde, o que
vai derrubar as cotações no mercado internacional, um dos balizadores dos preços e do volume
das exportações brasileiras.
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