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folhainvest
Investidor revê aplicações em renda fixa
Com a Selic menor, pequenas diferenças de retorno ganham relevância no momento de definir os investimentos em fundos
Até julho, rentabilidade
da previdência privada
com renda fixa bateu os concorrentes, com 6,74%; poupança ficou em 4,21%
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A queda da taxa básica Selic
para 8,75% ao ano, seu menor
patamar desde a criação do Copom, em 1996, tem feito muitos
investidores reavaliarem suas
aplicações de renda fixa. Com a
taxa de referência do mercado
em níveis tão baixos, as pequenas diferenças de retorno que
pode haver entre as aplicações
ganharam relevância.
A rentabilidade média registrada pelas aplicações que pagam juros mostra bem as diferenças que há no mercado. No
acumulado do ano, até o fim de
julho, a previdência privada
com renda fixa bateu os concorrentes, com retorno de
6,74%. Os fundos de renda fixa
pagaram 6,53%; os DI, 6,34%; e
os CDBs, 6,01% na média. A
poupança ficou em 4,21%.
Diferentemente do que o investidor menos experiente possa pensar, as aplicações que
rendem juros não dão o mesmo
retorno: as rentabilidades costumam variar de um banco para outro, de uma aplicação para
outra. Por isso, aconselham os
analistas, informar-se e pesquisar é cada vez mais relevante.
"O investidor tem demonstrado ter mais conhecimento
hoje do que há alguns anos. E,
com o atual cenário de juros
baixos, tem de existir um maior
cuidado na hora de escolher a
aplicação", diz Renato Ramos,
diretor de renda fixa da HSBC
Global Asset Management.
Apenas a poupança não exige
maior atenção dos investidores. Isso porque sua rentabilidade é fixada pelo BC e, independentemente do banco ou da
quantidade aplicada, a taxa paga ao cliente será a mesma.
"As diferenças entre os retornos das aplicações que pagam
juros ganharam destaque com
o processo de redução da Selic.
Qualquer 0,5% de retorno faz
atualmente bastante diferença", afirma Mauro Calil, do
Centro de Estudos e Formação
de Patrimônio Calil & Calil.
A taxa Selic serve apenas de
parâmetro para os juros praticados no mercado financeiro.
Quem mais se aproxima da Selic são os fundos DI. Isso ocorre
porque esses fundos precisam
ter, no mínimo, 95% do valor de
sua carteira em títulos ou operações que busquem acompanhar as variações do CDI ou da
Selic. O CDI (Certificado de
Depósito Interbancário) é um
título negociado entre os bancos e segue de perto a Selic.
No caso dos fundos de renda
fixa, os títulos que entram em
suas carteiras podem ser um
pouco mais variados, desde que
se foquem em papéis que paguem juros ou mesmo oscilação de índices de preço.
Já os CDBs (Certificados de
Depósito Bancário) são emitidos e vendidos pelos bancos a
seus clientes. A rentabilidade
dos CDBs varia de acordo com a
disposição do banco em pagar
determinada taxa. Se a taxa média dos CDBs acumulada no
ano ficou em 6,01%, a taxa máxima alcançou os 6,54%.
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