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Prazo de resgate e taxa cobrada são decisivos na rentabilidade
DA REPORTAGEM LOCAL
A rentabilidade das aplicações tem passado por reviravoltas desde o agravamento da crise e a queda da Selic.
No ano passado, em meio ao
agravamento da crise, os bancos ficaram com dificuldades
de levantar recursos. Uma das
alternativas que encontraram
para driblar o problema foi elevar a rentabilidade dos CDBs.
O resultado foi que o CDB
acabou por se destacar na preferência de muitos investidores
em 2008. Todavia, neste ano as
taxas oferecidas pela aplicação
retrocederam bastante.
O caso dos títulos oferecidos
pelo Tesouro Direto é ainda
mais confuso para o investidor.
São vários os títulos ofertados
no sistema de negociação via
internet criado pelo governo.
As taxas conseguidas pelos
aplicadores, mesmo que tenham a Selic como referência,
variam de acordo com o prazo e
o tipo do título público.
No caso do título LTN (Letra
do Tesouro Nacional), que é o
mais negociado pelo Tesouro
Direto, há papéis com vencimento que vão de 2010 a 2017.
E, para conseguir a rentabilidade máxima oferecida pelo título, é importante mantê-lo em
carteira até o vencimento.
"Mesmo se o investidor optar
por aplicar apenas no Tesouro
Direto, vai ter de se informar,
pois encontrará diferentes títulos que oferecem taxas variadas", afirma Calil.
Se for observada apenas a
rentabilidade bruta da poupança, que pagou 4,21% no ano até
julho, ela perde feio para as outras aplicações. Mas tem vantagens: não cobra IR nem taxa de
administração do investidor.
Uma simulação feita com a
taxa Selic a 8,75% mostrou que
os fundos DI e de renda fixa
perdem para a poupança se cobrarem taxa de administração
de 0,5% (considerando-se IR
de 20%). Como a maioria dos
fundos cobra acima de 1%, passou-se a temer uma fuga dos
fundos para a poupança.
"Ao menos até agora não tivemos nada muito significativo", diz Renato Ramos, do
HSBC Global Asset.
A alíquota de IR que incide
nas aplicações varia de acordo
com o tempo que o investidor
mantém seus investimentos.
Quem resgata aplicações em
fundos em até seis meses paga a
alíquota máxima de IR (22,5%);
no caso de mais de dois anos, o
IR cobrado recua para 15%.
Neste período de rentabilidade apertada, manter os investimentos no mesmo fundo por
mais tempo tem se tornado
mais vantajoso do que nunca.
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