São Paulo, segunda-feira, 10 de agosto de 2009

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Prazo de resgate e taxa cobrada são decisivos na rentabilidade

DA REPORTAGEM LOCAL

A rentabilidade das aplicações tem passado por reviravoltas desde o agravamento da crise e a queda da Selic.
No ano passado, em meio ao agravamento da crise, os bancos ficaram com dificuldades de levantar recursos. Uma das alternativas que encontraram para driblar o problema foi elevar a rentabilidade dos CDBs.
O resultado foi que o CDB acabou por se destacar na preferência de muitos investidores em 2008. Todavia, neste ano as taxas oferecidas pela aplicação retrocederam bastante.
O caso dos títulos oferecidos pelo Tesouro Direto é ainda mais confuso para o investidor. São vários os títulos ofertados no sistema de negociação via internet criado pelo governo. As taxas conseguidas pelos aplicadores, mesmo que tenham a Selic como referência, variam de acordo com o prazo e o tipo do título público.
No caso do título LTN (Letra do Tesouro Nacional), que é o mais negociado pelo Tesouro Direto, há papéis com vencimento que vão de 2010 a 2017. E, para conseguir a rentabilidade máxima oferecida pelo título, é importante mantê-lo em carteira até o vencimento.
"Mesmo se o investidor optar por aplicar apenas no Tesouro Direto, vai ter de se informar, pois encontrará diferentes títulos que oferecem taxas variadas", afirma Calil.
Se for observada apenas a rentabilidade bruta da poupança, que pagou 4,21% no ano até julho, ela perde feio para as outras aplicações. Mas tem vantagens: não cobra IR nem taxa de administração do investidor.
Uma simulação feita com a taxa Selic a 8,75% mostrou que os fundos DI e de renda fixa perdem para a poupança se cobrarem taxa de administração de 0,5% (considerando-se IR de 20%). Como a maioria dos fundos cobra acima de 1%, passou-se a temer uma fuga dos fundos para a poupança.
"Ao menos até agora não tivemos nada muito significativo", diz Renato Ramos, do HSBC Global Asset.
A alíquota de IR que incide nas aplicações varia de acordo com o tempo que o investidor mantém seus investimentos. Quem resgata aplicações em fundos em até seis meses paga a alíquota máxima de IR (22,5%); no caso de mais de dois anos, o IR cobrado recua para 15%.
Neste período de rentabilidade apertada, manter os investimentos no mesmo fundo por mais tempo tem se tornado mais vantajoso do que nunca.


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