São Paulo, segunda-feira, 10 de agosto de 2009

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PIB europeu e dados chineses são destaque na semana

Investidor também aguarda reunião do Fed sobre juros

DA REPORTAGEM LOCAL

Passado o alívio propiciado pelos dados não tão negativos do mercado de trabalho norte-americano, apresentados na sexta-feira passada, os investidores direcionam suas atenções para uma série de indicadores a serem apresentados nos próximos dias.
Além dos EUA e da Europa, a China terá uma agenda com diversos indicadores econômicos. Hoje a China apresentará dados de seu mercado de crédito. Amanhã o governo chinês vai divulgar dados de grande importância, como produção industrial, vendas no varejo e balança comercial.
Devido ao seu peso no comércio internacional, a economia chinesa costuma agitar o mercado financeiro, principalmente pelo seu impacto no setor de commodities. Para a Bolsa de Valores brasileira, a oscilação dos preços das commodities é muito relevante -mais de 40% do índice Ibovespa é formado por ações de empresas dependentes dos preços das matérias-primas no exterior.
A agenda norte-americana também começa a esquentar amanhã, com a divulgação de números relativos aos estoques no atacado e aos custos no mercado de trabalho.
"Uma agenda poderosa promete movimentar os mercados na semana. A divulgação do PIB na Europa e na Alemanha, somada a muitos dados no gigante chinês, deve dar o tom do mercado", afirma, em relatório, o departamento econômico da Gradual Investimentos.
Na quarta-feira, a Europa e os EUA concentram as atenções. O dia começa com os dados do mercado de trabalho no Reino Unido. A expectativa dos investidores é que a taxa de desemprego britânica tenha subido de 7,6% para 7,7%.
Ainda na Europa, vão sair os números da produção industrial na zona do euro. Para fechar os dados na região, a Alemanha apresenta o resultado de seu PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre. As projeções apontam uma retração de 0,2% de abril a junho.
Ainda na quarta-feira, o Fed (banco central dos EUA) reúne seus diretores para decidir em quanto fica a taxa básica de juros do país. A expectativa é que a taxa seja mantida no atual patamar, que é uma faixa entre 0% e 0,25% ao ano.
Mais do que a decisão em si, para a qual é praticamente descartada a ocorrência de surpresas, os investidores aguardam com ansiedade a nota que o Fomc (comitê do Fed que define os juros) irá apresentar após seu encontro periódico. Essa nota pode trazer, como já ocorreu várias vezes, sinais do futuro da política monetária no país. E o que todos querem saber é quando os juros nos Estados Unidos irão voltar a subir.
O PIB na zona do euro vai ser conhecido na quinta-feira. Segundo projeções do mercado, deve ter registrado queda de 0,4% no segundo trimestre.
A agenda americana de quinta-feira traz a apresentação dos números das vendas no varejo em julho -relevantes para se estimar o nível de aquecimento e recuperação da economia.
A semana fecha com dados de inflação e produção industrial na maior economia do mundo, registrados no mês passado. O mercado espera por discreto aumento na utilização da capacidade instalada no EUA, de 68% para 68,1%.
No Brasil, os analistas estarão atentos, na sexta-feira, à apresentação da vendas no varejo no mês de junho.
Na sexta-feira da semana passada, a divulgação do bom comportamento dos preços medido pelo IPCA -que recuou de 0,36% em junho para 0,24% em julho- tranquilizou o mercado em relação aos riscos de inflação, com os juros em níveis tão baixos como o atual.


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