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PIB europeu e dados chineses são destaque na semana
Investidor também aguarda reunião do Fed sobre juros
DA REPORTAGEM LOCAL
Passado o alívio propiciado
pelos dados não tão negativos
do mercado de trabalho norte-americano, apresentados na
sexta-feira passada, os investidores direcionam suas atenções para uma série de indicadores a serem apresentados
nos próximos dias.
Além dos EUA e da Europa, a
China terá uma agenda com diversos indicadores econômicos. Hoje a China apresentará
dados de seu mercado de crédito. Amanhã o governo chinês
vai divulgar dados de grande
importância, como produção
industrial, vendas no varejo e
balança comercial.
Devido ao seu peso no comércio internacional, a economia chinesa costuma agitar o
mercado financeiro, principalmente pelo seu impacto no setor de commodities. Para a Bolsa de Valores brasileira, a oscilação dos preços das commodities é muito relevante -mais de
40% do índice Ibovespa é formado por ações de empresas
dependentes dos preços das
matérias-primas no exterior.
A agenda norte-americana
também começa a esquentar
amanhã, com a divulgação de
números relativos aos estoques
no atacado e aos custos no mercado de trabalho.
"Uma agenda poderosa promete movimentar os mercados
na semana. A divulgação do PIB
na Europa e na Alemanha, somada a muitos dados no gigante chinês, deve dar o tom do
mercado", afirma, em relatório,
o departamento econômico da
Gradual Investimentos.
Na quarta-feira, a Europa e
os EUA concentram as atenções. O dia começa com os dados do mercado de trabalho no
Reino Unido. A expectativa dos
investidores é que a taxa de desemprego britânica tenha subido de 7,6% para 7,7%.
Ainda na Europa, vão sair os
números da produção industrial na zona do euro. Para fechar os dados na região, a Alemanha apresenta o resultado
de seu PIB (Produto Interno
Bruto) no segundo trimestre.
As projeções apontam uma retração de 0,2% de abril a junho.
Ainda na quarta-feira, o Fed
(banco central dos EUA) reúne
seus diretores para decidir em
quanto fica a taxa básica de juros do país. A expectativa é que
a taxa seja mantida no atual patamar, que é uma faixa entre
0% e 0,25% ao ano.
Mais do que a decisão em si,
para a qual é praticamente descartada a ocorrência de surpresas, os investidores aguardam
com ansiedade a nota que o
Fomc (comitê do Fed que define os juros) irá apresentar após
seu encontro periódico. Essa
nota pode trazer, como já ocorreu várias vezes, sinais do futuro da política monetária no
país. E o que todos querem saber é quando os juros nos Estados Unidos irão voltar a subir.
O PIB na zona do euro vai ser
conhecido na quinta-feira. Segundo projeções do mercado,
deve ter registrado queda de
0,4% no segundo trimestre.
A agenda americana de quinta-feira traz a apresentação dos
números das vendas no varejo
em julho -relevantes para se
estimar o nível de aquecimento
e recuperação da economia.
A semana fecha com dados
de inflação e produção industrial na maior economia do
mundo, registrados no mês
passado. O mercado espera por
discreto aumento na utilização
da capacidade instalada no
EUA, de 68% para 68,1%.
No Brasil, os analistas estarão atentos, na sexta-feira, à
apresentação da vendas no varejo no mês de junho.
Na sexta-feira da semana
passada, a divulgação do bom
comportamento dos preços
medido pelo IPCA -que recuou de 0,36% em junho para
0,24% em julho- tranquilizou
o mercado em relação aos riscos de inflação, com os juros em
níveis tão baixos como o atual.
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