São Paulo, Terça-feira, 10 de Agosto de 1999
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Expansão depende de parceiro forte

da Reportagem Local

A estratégia do Pão de Açúcar para continuar crescendo e se tornar a maior rede de supermercados do país, desbancando o Carrefour, só seria viabilizada com a participação de um parceiro forte, na análise de consultores e analistas de investimento.
Na disputa para conquistar o primeiro lugar no ranking dos supermercados, o grupo fez várias aquisições. "O Pão de Açúcar se endividou e achou que era hora de se capitalizar por meio de um sócio", diz Nelson Barrizzelli, consultor de varejo.
O endividamento do grupo no primeiro semestre, de R$ 1,3 bilhão, segundo ele, foi mais em função da desvalorização do real e também dos investimentos.
"Na disputa com o Carrefour, o Pão de Açúcar saiu comprando redes menores e gastou dinheiro. O fato é que operacionalmente o grupo vai muito bem."
O Pão de Açúcar tem utilizado três formas de financiamento, diz Barrizzelli. Empréstimos feitos em moeda estrangeira, emissão de debêntures conversíveis em ações e empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Na análise de analistas de investimento e consultores de varejo, a opção por um parceiro estrangeiro é uma solução acertada do grupo Pão de Açúcar. "É uma solução extraordinária para perseguir o primeiro lugar no mercado de supermercados", afirma Barrizzelli.

Surpresa
Luiz Fernando Biasetto, sócio-diretor da consultoria Gouvêa de Souza & MD, considera até uma surpresa a decisão de Diniz optar por um sócio estrangeiro.
"A posição do grupo era a de comprar. Provavelmente, a necessidade de obter capital levou a empresa a pensar em ter um sócio e poder dar sequência ao processo de expansão agressiva."


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