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MERCADO FINANCEIRO
Ibovespa consegue fechar no azul após seis pregões seguidos de queda; projeções para juros caem
Bolsa sobe 2,44%, risco Brasil cai 3,7%
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São Paulo
conseguiu se valorizar ontem,
após seis pregões consecutivos
em queda. O Ibovespa, índice que
reúne as 56 ações mais negociadas
do pregão paulista, fechou em alta
de 2,44%, aos 9.954 pontos. No
mês, a queda acumulada da Bolsa
é de 4,12%.
A valorização não animou muito os analistas, uma vez que o giro
financeiro continuou pequeno
-ontem foi de R$ 403,044 milhões. Para operar no azul, a Bolsa
precisa girar pelo menos R$ 400
milhões por dia.
O risco-país, calculado pelo
banco JP Morgan, caiu 3,7%, para
1.672 pontos. A queda do dólar
serviu para acalmar os investidores. Mas a perspectiva de um cenário eleitoral mais condizente
com os desejos do mercado deu o
tom às negociações de ontem.
Mais uma vez o mercado passou a trabalhar com os possíveis
resultados das pesquisas de intenção de voto com divulgação prevista para hoje.
Entre os operadores, os boatos
eram de que o candidato do governo, José Serra (PSDB), teria se
isolado em segundo lugar.
Sondagens anteriores haviam
mostrado o crescimento do candidato, que alcançou empate técnico com Ciro Gomes (PPS).
Uma vitória de Serra agrada ao
mercado que, avesso a mudanças,
o identifica com a manutenção da
atual política econômica.
Há cerca de um mês os investidores chegaram a considerar Serra fora da disputa. Depois avaliaram que a propaganda eleitoral
gratuita na televisão seria, provavelmente, a última chance de ele
melhorar seu desempenho, o que
tem ocorrido, segundo pesquisas.
A alta das Bolsas norte-americanas também ajudou a sustentar a
Bovespa. A semana é de incertezas diante de uma possível guerra
entre EUA e Iraque e do aniversário de um ano dos atentados terroristas em território norte-americano, amanhã.
As ações ordinárias do Banco
do Brasil foram um dos destaques
de alta ontem. O papel se valorizou em 10,8%, após anúncio de
venda das ações da instituição feito pelo governo na sexta-feira.
No mercado futuro, as projeções para os juros acompanharam o otimismo dos outros mercados e caíram um pouco. Nos
contratos para janeiro de 2003, os
mais negociados, as taxas fecharam projetando juros de 20,22%,
contra 20,86% na sexta-feira.
(ANA PAULA RAGAZZI)
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