São Paulo, terça-feira, 10 de setembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Ibovespa consegue fechar no azul após seis pregões seguidos de queda; projeções para juros caem

Bolsa sobe 2,44%, risco Brasil cai 3,7%

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo conseguiu se valorizar ontem, após seis pregões consecutivos em queda. O Ibovespa, índice que reúne as 56 ações mais negociadas do pregão paulista, fechou em alta de 2,44%, aos 9.954 pontos. No mês, a queda acumulada da Bolsa é de 4,12%.
A valorização não animou muito os analistas, uma vez que o giro financeiro continuou pequeno -ontem foi de R$ 403,044 milhões. Para operar no azul, a Bolsa precisa girar pelo menos R$ 400 milhões por dia.
O risco-país, calculado pelo banco JP Morgan, caiu 3,7%, para 1.672 pontos. A queda do dólar serviu para acalmar os investidores. Mas a perspectiva de um cenário eleitoral mais condizente com os desejos do mercado deu o tom às negociações de ontem.
Mais uma vez o mercado passou a trabalhar com os possíveis resultados das pesquisas de intenção de voto com divulgação prevista para hoje.
Entre os operadores, os boatos eram de que o candidato do governo, José Serra (PSDB), teria se isolado em segundo lugar.
Sondagens anteriores haviam mostrado o crescimento do candidato, que alcançou empate técnico com Ciro Gomes (PPS).
Uma vitória de Serra agrada ao mercado que, avesso a mudanças, o identifica com a manutenção da atual política econômica.
Há cerca de um mês os investidores chegaram a considerar Serra fora da disputa. Depois avaliaram que a propaganda eleitoral gratuita na televisão seria, provavelmente, a última chance de ele melhorar seu desempenho, o que tem ocorrido, segundo pesquisas.
A alta das Bolsas norte-americanas também ajudou a sustentar a Bovespa. A semana é de incertezas diante de uma possível guerra entre EUA e Iraque e do aniversário de um ano dos atentados terroristas em território norte-americano, amanhã.
As ações ordinárias do Banco do Brasil foram um dos destaques de alta ontem. O papel se valorizou em 10,8%, após anúncio de venda das ações da instituição feito pelo governo na sexta-feira.
No mercado futuro, as projeções para os juros acompanharam o otimismo dos outros mercados e caíram um pouco. Nos contratos para janeiro de 2003, os mais negociados, as taxas fecharam projetando juros de 20,22%, contra 20,86% na sexta-feira. (ANA PAULA RAGAZZI)


Texto Anterior: Entenda: Levantamento da Firjan usa dados de pesquisa da FGV
Próximo Texto: O Vaivém das Commodities
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.