JULIANA RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

A inflação de agosto medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 0,34%, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O indicador superou o de julho (0,20%), mas ficou dentro das previsões do mercado, que calculava variações de 0,21% a 0,42% para o índice oficial de inflação.
Os preços dos produtos alimentícios continuaram em queda, de 0,27%, ante deflação de 0,67% no mês anterior. O preço da carne bovina subiu 2,30%, mas alguns itens ficaram bem mais baratos -foi o caso da batata inglesa (-20,43%), do tomate (-18,28%) e do feijão carioca (-7,29%).
Os preços dos produtos não-alimentícios subiram 0,53%, ante alta de 0,47% em julho. A maior contribuição veio dos serviços de energia, com reajustes em São Paulo e Belém (alta de 2,03%), e de telefonia fixa (1,37%), resquícios do aumento de tarifas determinado em julho e no início de agosto.
A taxa de água e esgoto, estável em julho, subiu 2,79% em agosto, devido ao reajuste de 24% nas tarifas no Rio, no mês passado.
A gasolina também contribuiu para a alta da inflação. Em queda de março a julho, o combustível subiu 0,37% em agosto. Já o álcool teve queda de 0,52% no mês, uma desaceleração bem menor que a de julho (-10,28%).
No acumulado de 12 meses, o IPCA continua recuando. Passou de 15,43% em julho para 15,07% em agosto.

Atacado em alta
A primeira prévia de setembro do IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) registrou inflação de 0,69%, segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas). O mesmo indicador do mês anterior havia apontado estabilidade nos preços.
No ano, o IGP-M acumula alta de 6,59%. Nos últimos 12 meses, a taxa alcança 20,84%.
Os preços no atacado, medidos pelo IPA (Índice de Preços do Atacado), apresentaram alta de 0,96%, após uma queda de 0,17% na primeira prévia de agosto.
Os preços no varejo, medidos pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor), subiram 0,23%, ante 0,10% na primeira prévia anterior. O INCC (Índice Nacional do Custo da Construção) caiu 0,16% ante alta de 0,94%.
A primeira prévia do IGP-M foi calculada com base em preços coletados entre 21 e 31 de julho.