DA REDAÇÃO

As Bolsas norte-americanas voltaram a bater recordes negativos ontem, depois de duas das maiores empresas do país, a Ford e a General Electric, terem informado que esperam resultados modestos nos próximos meses. O índice Dow Jones caiu 2,87% e encerrou no menor patamar desde outubro de 1997.
O índice mais amplo Standard & Poor's 500 recuou 2,7% e também está no mais baixo nível em pontos dos últimos cinco anos. Desde seu pico, em em março de 2000, o índice já perdeu mais de 50%.
O Dow Jones, que lista as 30 principais empresas norte-americanas, caiu 37% em relação a seu pico, atingido em janeiro de 2000. A Nasdaq, que já estava no menor patamar em seis anos, caiu 1,34% no pregão de ontem. Para alguns analistas, a atual queda do mercado de ações neste ano já a pior e mais prolongada em mais de 60 anos, desde o mercado "urso" (em retração) de 1937-38. As ações da GE foram as mais negociadas da Bolsa de Nova York ontem e terminaram o dia com uma queda de 6%. Os papéis da Ford caíram 7,75% e foram ao menor valor em mais de dez anos.
O banco JP Morgan, também um dos componentes do Dow Jones, caiu cerca de 7%. A segunda maior instituição financeira dos EUA despencou depois de ter sido rebaixada pela agência Moody's.

Novo corte?
Com a estagnação econômica nos EUA e as Bolsas despencando sem parar, há uma forte aposta dos investidores em uma redução na taxa de juros.
A especulação fez o rendimento dos títulos do Tesouro para vencimento em dois anos cair a 1,67%, um recorde histórico e abaixo da atual meta de juros do Federal Reserve (banco central norte-americano), que é de 1,75% ao ano.
A próxima reunião do Fed ocorre no mês que vem.