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EUROPA
Preocupado, governo diz que especulação sobre insolvência é exagerada
Crise desestabiliza bancos alemães
DA REDAÇÃO
As autoridades econômicas da
Alemanha lançaram ontem uma
operação de recuperação da confiança no sistema bancário do
país. A atuação conjunta do banco central e do Ministério das Finanças ajudou as ações dos principais bancos alemães a recuperar
parte das enormes perdas sofridas
nas últimas semanas.
As ações do Commerzbank, que
haviam caído aos menores patamares em 20 anos, subiram 8%.
Mas ainda persistem as dúvidas
sobre a liquidez da instituição, e
muitos analistas comentam que o
banco pode ser vendido.
Já a seguradora Allianz caiu 5%,
depois de ser rebaixada pela agência de classificação de crédito
Moody's.
O Dresdner Bank, controlado
pela Allianz, também teve sua
classificação rebaixada pela mesma agência e pela Standard &
Poor's. Segundo a Moody's, o segundo maior banco alemão passa
por uma "deterioração de seus
fundamentos financeiros".
"Exagero"
Edgar Meister, membro do conselho do Bundesbank (banco central alemão), disse que o sistema
financeiro do país permanece estável, a despeito das dificuldades.
Mas Meister reconheceu que algumas instituições menores poderão entrar em colapso.
"Não se pode descartar a existência de casos isolados de insolvência se a fraqueza econômica
continuar", afirmou o diretor do
Bundesbank.
Um porta-voz das Finanças
afirmou que "o ministro considera exageradas as especulações sobre uma crise no setor". Mas o
porta-voz afirmou que a situação
será observada de perto.
Desde o começo do ano, a Bolsa
de Frankfurt já perdeu mais de
metade de seu valor. A retórica do
governo evitou um tombo maior
das ações de bancos ontem, mas
as perdas das montadoras e de
tecnológicas fizeram o índice
DAX cair 0,92%.
Demissões
Outro setor duramente castigado pela estagnação econômica é o
de telecomunicações.
A Deutsche Telekom fará uma
dramática reestruturação que eliminará 50 mil empregos, ou um
quinto de seu pessoal, até 2005.
Desde seu pico em 2000, as ações
da Deutsche Telekom já perderam 90% de seu valor.
Do total do cortes, 30 mil, que
atingirão as operações de telefonia fixa, já haviam sido anunciados. A nova rodada de demissões
atingirá as operações de telefonia
celular, engenharia e rede de cabos de TV.
A taxa de desemprego na Alemanha, a maioria economia da
Europa e terceira do planeta, está
em torno de 10%.
Montadoras cedem
Quase todos os mercados europeus fecharam em baixa, sob a influência dos EUA e com a preocupação dos efeitos da desaceleração econômica no setor automotivo. O Morgan Stanley e o Crédit
Suisse First Boston reduziram
suas expectativas de produção de
automóveis para 2003 na Europa.
Como resultado, as ações da Renault caíram 4%, e as da Peugeot
recuaram 3,4%. A Bolsa de Paris
encerrou com queda de 1,4%.
Com agências internacionais
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