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ANATEL
Ministro sai vitorioso na composição
Motta indica a maior parte na diretoria
da Sucursal de Brasília
O ministro Sérgio Motta (Comunicações) saiu vitorioso na escolha
dos cinco diretores da Anatel
(Agência Nacional de Telecomunicações).
O órgão será o responsável pela
regulamentação do setor de telecomunicações após a privatização
do sistema Telebrás.
Dos escolhidos, quatro são ligados diretamente a Motta, e todos
têm o perfil de técnicos. Apenas
um diretor, Luiz Francisco Tenório Perrone, não tem ligação direta
com Motta.
Os cargos eram cobiçados por alguns partidos políticos.
Indicações
Indicações de políticos como
Jorge Bornhausen (SC), presidente
licenciado do PFL, não foram aceitas pelo Palácio do Planalto.
Bornhausen queria o professor
universitário Ubiratan Rezende na
Anatel.
O atual secretário-executivo do
Ministério das Comunicações, Renato Guerreiro, vai presidir a
agência.
Guerreiro é um dos homens de
confiança de Motta no Ministério
das Comunicações.
Na tramitação da Lei Geral das
Telecomunicações na Câmara, por
exemplo, ele representava Motta
nas discussões com os deputados.
Sua indicação foi elogiada ontem
pelo presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
Técnicos
Outro diretor da agência, Mário
Leonel Neto, também é indicação
de Motta.
Ele está ocupando o terceiro cargo de chefia na gestão do ministro.
Leonel Neto trabalhou na Embratel de 1983 a 1995.
Os demais diretores -que, segundo a assessoria de Motta, também foram indicados pelo ministro- ocupam cargos no governo
ou no setor de telecomunicações.
José Leite Pereira Filho, um dos
indicados, representa o Brasil na
UIT (União Internacional de Telecomunicações).
Aprovação no Senado
Antônio Carlos da Silva trabalha
na Telebrás desde 1975. É assessor
especial de Motta e coordenou vários projetos importantes na Telebrás, como, por exemplo, a participação da empresa no sistema de
satélites.
Luis Francisco Tenório Perrone,
formado em engenharia eletrônica
no ITA (Instituto Tecnológico da
Aeronáutica), em 1964, é diretor
de operações da Embratel.
Perrone tem experiência internacional no setor. Trabalhou, por
exemplo, na Embratel e Intelsat
em Washington (EUA).
Os cinco diretores ainda precisam passar pela aprovação do Senado, conforme estabelece a Lei
Geral de Telecomunicações.
Mandato
A duração dos mandatos, que
varia de três a sete anos, é a seguinte: Guerreiro, três anos; Silva, sete
anos; Leonel Neto, seis anos; Pereira Filho, cinco anos; e Perrone,
quatro anos.
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