DE BUENOS AIRES

O bloqueio iniciado pelos caminhoneiros argentinos nas fronteiras do país entrou no seu segundo dia. Do lado brasileiro, mais de mil caminhoneiros estão parados na cidade de Foz do Iguaçu.
Para justificar o bloqueio, os caminhoneiros argentinos dizem que têm perdido trabalho por não poderem concorrer com os preços dos serviços dos caminhoneiros dos países vizinhos.
O sindicato que representa a categoria na Argentina diz que os empresários do país preferem contratar um caminhoneiro do Brasil, que vem entregar mercadorias na região, para levar seus produtos. Seria mais barato contratar um caminhão brasileiro ou paraguaio que um argentino devido à paridade cambial (um peso vale um dólar) vigente no país.
Para o governo, segundo fontes do Ministério do Trabalho, o bloqueio tem a intenção de piorar o já difícil momento que atravessa o presidente Fernando de la Rúa.
Aproximadamente 3.000 caminhoneiros já teriam perdido seus empregos nos últimos anos devido à concorrência.


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