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VIZINHO EM CRISE
Pignanelli fica no cargo até sair sucessor
Duhalde aceita pedido de renúncia do presidente do BC da Argentina
DE BUENOS AIRES
O presidente da Argentina,
Eduardo Duhalde, aceitou ontem
pela manhã a renúncia do presidente do Banco Central do país,
Aldo Pignanelli, que havia apresentado sua carta de demissão na
última quinta-feira, em meio a
disputas com o ministro da Economia, Roberto Lavagna.
O presidente do BC argentino e
Lavagna disputavam o controle
da política econômica do país.
Entre as principais polêmicas entre os dois está o calote em novembro de uma dívida de US$ 805
milhões com o Banco Mundial.
Lavagna defendia, com o apoio de
Duhalde, o não-pagamento. Pignanelli se opunha ao calote, mas
foi vencido pelo ministro.
Quando surgiu a possibilidade
de a Corte Suprema do país "redolarizar" os depósitos retidos
nos bancos, Lavagna criticou publicamente a proposta do chefe
do BC de emitir títulos públicos
para que os bancos pudessem devolver os depósitos aos clientes.
Segundo o ministro, a emissão de
títulos aumentaria demasiadamente a dívida pública e seria um
obstáculo a mais para o fechamento de um acordo com o FMI.
Para o Ministério da Economia, o
BC argentino estaria mais propenso a atender a interesses do
mercado financeiro que aos interesses do governo.
Duhalde solicitou a Pignanelli
que continue no cargo até que um
sucessor seja nomeado. O presidente se reuniu com Lavagna no
início da tarde para discutir nomes para chefiar o banco. O mais
cotado é Jorge Levy, atual superintendente de Entidades Financeiras e Cambiárias da instituição,
membro da diretoria do BC mais
próximo do presidente Duhalde.
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