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AVES
Exigência seria semelhante à rastreabilidade em bovinos
UE poderá exigir "currículo" de frango brasileiro para importar o produto
DA REPORTAGEM LOCAL
A próxima exigência não-tarifária da UE pode ser, segundo especialistas, a rastreabilidade em
aves. Significa que, se isso for colocado em prática, os produtores
brasileiros serão obrigados a registrar todos os fatos relevantes
da vida das aves produzidas no
país para poder exportá-las para o
bloco europeu.
Segundo Pat Mulvehill, diretor-geral da Associação dos Abatedouros Avícolas da Irlanda, a exigência de rastreabilidade já está
em vigor nos países da UE. Por
causa das crises do mal da vaca
louca e da aftosa na região, os
consumidores ficaram mais exigentes com relação à carne que
consomem, inclusive a de aves. A
iniciativa de exigir a rastreabilidade partiu de grandes redes de supermercados, que, para elevar a
confiança em seus produtos, passaram a exigir mais informações
sobre as carnes que compram.
Algumas indústrias da região já
criaram seus próprios programas
de qualidade. Cada animal tem
uma ficha onde são anotadas as
vacinas que tomou, onde nasceu e
como foi abatido. Para ele, o próximo passo é a exigência desse tipo de registro dos países exportadores de frangos. "Nossa indústria está preocupada, pois essas
exigências não se aplicam aos exportadores, criando desvantagem
entre nós e esses países", diz.
A UE -segundo maior destino
das aves brasileiras exportadas-
importou 13 mil toneladas entre
janeiro e setembro deste ano.
Procurada, a Abef (Associação
Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango) não atendeu, até o fechamento desta edição, a reportagem da Folha para
comentar o assunto .
(JSO)
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