São Paulo, terça-feira, 10 de dezembro de 2002

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AVES

Exigência seria semelhante à rastreabilidade em bovinos

UE poderá exigir "currículo" de frango brasileiro para importar o produto

DA REPORTAGEM LOCAL

A próxima exigência não-tarifária da UE pode ser, segundo especialistas, a rastreabilidade em aves. Significa que, se isso for colocado em prática, os produtores brasileiros serão obrigados a registrar todos os fatos relevantes da vida das aves produzidas no país para poder exportá-las para o bloco europeu.
Segundo Pat Mulvehill, diretor-geral da Associação dos Abatedouros Avícolas da Irlanda, a exigência de rastreabilidade já está em vigor nos países da UE. Por causa das crises do mal da vaca louca e da aftosa na região, os consumidores ficaram mais exigentes com relação à carne que consomem, inclusive a de aves. A iniciativa de exigir a rastreabilidade partiu de grandes redes de supermercados, que, para elevar a confiança em seus produtos, passaram a exigir mais informações sobre as carnes que compram.
Algumas indústrias da região já criaram seus próprios programas de qualidade. Cada animal tem uma ficha onde são anotadas as vacinas que tomou, onde nasceu e como foi abatido. Para ele, o próximo passo é a exigência desse tipo de registro dos países exportadores de frangos. "Nossa indústria está preocupada, pois essas exigências não se aplicam aos exportadores, criando desvantagem entre nós e esses países", diz.
A UE -segundo maior destino das aves brasileiras exportadas- importou 13 mil toneladas entre janeiro e setembro deste ano.
Procurada, a Abef (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango) não atendeu, até o fechamento desta edição, a reportagem da Folha para comentar o assunto . (JSO)


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