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Petróleo e importações também preocupam
DA REPORTAGEM LOCAL
A Argentina não é a única vilã
para a balança comercial brasileira este ano. Outros fatores, como
o preço do petróleo no mercado
internacional e a recuperação das
importações brasileiras, são motivos que têm levado economistas a
rever suas projeções de superávit
em 2002.
O economista-chefe do BBV,
Octávio de Barros, menciona a revisão no preço do barril do petróleo de US$ 18,5 para US$ 21 como
um dos motivos para sua nova
projeção de superávit comercial.
Barros diz ainda que as estimativas para a balança comercial foram feitas no fim do ano passado,
quando o real estava se desvalorizando em relação ao dólar. O recuo na cotação da moeda brasileira cria um cenário um pouco pior
para as exportações. Apesar disso,
o economista diz que um superávit de US$ 4 bilhões ainda é bastante positivo.
Como o Brasil deverá crescer
mais em 2002, a tendência é que a
demanda interna por produtos
importados também aumente. É
o que afirma Odair Abate, economista-chefe do Lloyds.
Segundo o diretor da AEB (Associação de Comércio Exterior do
Brasil) José Augusto de Castro, a
quebra da safra do milho, provocada pela longa estiagem no sul
do país, é outro fator que poderá
prejudicar as exportações brasileiras em 2002.
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