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Fábrica sob intervenção pode parar
ANA PAULA GRABOIS
DA SUCURSAL DO RIO
A fábrica da Parmalat de Itaperuna (a 356 km do Rio), sob intervenção judicial desde a sexta-feira
passada, corre o risco de parar caso a multinacional italiana não
pague aos produtores diretos pelo
leite entregue em janeiro. "Se a
Parmalat não pagar na próxima
semana, há o risco de a fábrica parar porque os produtores não vão
entregar mais leite", disse Dênnis
Gonçalves, um dos interventores.
A unidade só está recebendo leite dos produtores diretos e funciona com cerca de 40% da capacidade, processando cerca de 170
mil litros diariamente. As cooperativas já pararam de fornecer leite. Normalmente, as cooperativas
entregavam 360 mil litros diários.
"Enquanto as cooperativas não
receberem, não há nenhuma
chance de voltarem a fornecer leite", disse Gonçalves.
Ele calcula que a Parmalat tenha
que pagar cerca de R$ 5 milhões
pelo leite entregue por cooperativas e produtores diretos em janeiro. A empresa deve ainda cerca de
R$ 3 milhões pelo fornecimento
realizado em dezembro.
Sob intervenção judicial, a a administração da unidade é compartilhada por representantes dos
empregados, credores, Estado do
Rio, municípios afetados e da Parmalat, que não indicou representante e não se pronunciou sobre
os pagamentos devidos.
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