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Classe média volta a se expandir, afirma FGV
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
A chamada classe média
emergente segue em expansão nas seis principais metrópoles do país e passou a
representar 53,8% da população em dezembro de 2008,
segundo dados do Centro de
Políticas Sociais da FGV
(Fundação Getulio Vargas).
Esse percentual era de 51,8%
no mesmo período de 2007.
A participação da classe C
subiu num ano em que o rendimento nas maiores metrópoles cresceu 3,4%, impulsionada especialmente pelo
reajuste do salário mínimo.
A FGV constatou ainda
uma expansão das classes de
renda mais elevada, as A e B,
cuja participação subiu de
14,76% da população em dezembro de 2007 para 15,33%
em dezembro de 2008.
Houve, desse modo, uma
migração de pessoas que estavam nas classes de renda
mais baixa para as de rendimento mais alto, com o consequente encolhimento das
classes D e E.
"O ano de 2008 foi brilhante, excepcionalmente
bom. A dúvida é o que vai
acontecer em 2009, quando
a crise será mais sentida",
disse à Folha Marcelo Neri,
autor da pesquisa, batizada
de "Crônicas de uma Crise
Anunciada: Choques Externos e a Nova Classe Média".
Em agosto, a FGV divulgou pesquisa semelhante,
que mostrou que a classe
média tida como emergente
-o estrato econômico C-
passou de 44% da população
em abril de 2002 para 52%
em abril de 2008. A proporção de miseráveis nas maiores regiões metropolitanas
caiu de 35% para 25% no
mesmo período.
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