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Governo descarta a reindexação salarial
da Sucursal de Brasília
O porta-voz da Presidência, Sergio Amaral, afirmou ontem que o
governo quer trabalhar para que a
inflação de 99 fique abaixo dos
16,8% (IGP-DI) projetados no
acordo com o Fundo Monetário
Internacional, segundo ele apenas
uma "estimativa".
"É muito importante que não haja indexação dos salários para não
haver inflação", disse Amaral. "Indexação não é solução. Nem os sindicatos defendem. A preocupação
deles é manter o emprego e evitar a
volta da inflação."
Segundo Amaral, neste momento, o consumidor tem o papel importante de "não sancionar" aumentos de preços injustificáveis.
A reindexação dos salários pelos
índices de inflação é ruim para a
sociedade e para a estabilidade
econômica, afirmou ontem o ministro interino da Fazenda, Pedro
Parente. Segundo ele, "isso funciona contra o trabalhador" e não
mantém o poder de compra dos
salários.
Parente disse que, nessa área, a
principal preocupação do governo
e também dos sindicatos e centrais
sindicais é a manutenção do emprego. Ele não comentou as declarações feitas anteontem pelo presidente do TST (Tribunal Superior
do Trabalho), Wagner Pimenta.
Critérios claros
Pimenta defendeu a necessidade
de critérios claros para a concessão
de reajuste salarial. Segundo ele, as
reivindicações de reajustes salariais com base no comportamento
da inflação passada chegarão às
instâncias superiores da Justiça
trabalhista, que vai priorizar a defesa do trabalhador nesses litígios.
Para o advogado-geral da União,
Geraldo Quintão, as declarações
de Pimenta são um alerta para o
governo sobre o perigo da reindexação da economia, que poderá
prejudicar toda a sociedade. Ele
apontou que a legislação atual não
prevê regras para a reindexação salarial.
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