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Ministro pede que EUA liberem ajuda do Fundo
DO ENVIADO ESPECIAL A FORTALEZA
O ministro da Economia da
Argentina, Jorge Remes Lenicov, fez ontem à noite um apelo
incisivo ao subsecretário do
Tesouro dos EUA, John Taylor,
para que a Casa Branca "autorize" o FMI a retomar seus empréstimos ao país.
Depois de reunir-se por 40
minutos com o ministro Celso
Lafer (Relações Exteriores), Lenicov se encontrou com Taylor, que chegou ontem a Fortaleza para representar os EUA
na assembléia do BID.
Enquanto as delegações argentina e norte-americana se
preparavam para o encontro,
Eduardo Amadeo, porta-voz
do presidente argentino,
Eduardo Duhalde, relatou à
Folha o que Lenicov diria a
Taylor. "O ministro irá relatar
os avanços que fizemos e dirá
que cumprimos tudo o que
prometemos."
Questionado sobre a perspectiva de o FMI concluir um
acordo com o país em 45 dias
-como disse ontem à Folha o
presidente do Banco de la Nación, Enrique Olivera-, Amadeo disse que as conversas estão sendo difíceis, mas produtivas. E negou-se a calcular uma
data. "Prometemos que não falaríamos sobre prazos", afirmou o porta-voz.
Antes da reunião, Taylor negou-se a falar sobre as perspectivas de um pacote do Fundo
para a Argentina. Os EUA são o
maior acionista do FMI e, como tal, definem as decisões da
instituição.
Amadeo informou que a Argentina também está pleiteando empréstimos do IFC, braço
privado do Banco Mundial, para desenvolver as exportações
agropecuárias do país.
"O Banco Mundial insiste em
vincular esses empréstimos ao
acordo do país com o FMI, e
nós queremos convencê-los de
que são duas coisas distintas."
Após o encontro com Taylor, Lenicov manteve conversações com dois representaes do Fundo: Claudio Loser, diretor do HGemistá. O vÓ[os O governo argentino avalia
que, com a desvalorização do
peso, as exportações agropecuárias poderão liderar a recuperação econômica do país.
"Somos competitivos, mas precisamos de crédito", disse ele.
(MARCIO AITH)
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