A OBRA Derivativos - Definições, emprego e risco - Lauro de Araújo Silva Neto. R$ 32,00. Editora Atlas (r. Conselheiro Nébias, 1.384, SP, CEP 01203-904, tel. 011/221-9144). 282 págs.

VANESSA ADACHI
da Reportagem Local

Derivativos, opções, "swap", "hedge". Embora esses mecanismos sofisticados tenham uso crescente entre os frequentadores dos mercados financeiros, seus nomes chegam a provocar calafrios em quem não os conhece.
Não é incomum encontrar referências a eles nas páginas dos jornais e revistas de grande circulação. Na maioria das vezes, o leitor que não frequenta os círculos financeiros passa sem compreender o significado dos textos.
Em "Derivativos - Definições, emprego e risco", o autor, Lauro de Araújo Silva Neto, se propõe a desvendar os mistérios desses mecanismos para o grande público.
O leitor totalmente leigo em assuntos da área financeira, no entanto, dificilmente conseguirá acompanhar as explicações da obra. Fórmulas e gráficos bastante complexos recheiam as páginas do livro.
A própria editora, na contracapa, recomenda sua leitura a profissionais das áreas financeiras e de mercados de capitais e a estudantes de graduação e pós-graduação em economia, finanças, administração e contabilidade.
Para quem possui algumas noções básicas na área, o livro é um bom instrumento de aprendizado. As definições são claras e didáticas, com uso de bons exemplos para ilustrar.
A obra tem uma importante porção histórica, em seu início, onde são narrados os surgimentos dos derivativos, dos mercados futuros, das Bolsas.
O final do livro abriga outra parte também menos técnica e de interesse do leitor em geral. O décimo capítulo trata do que o autor chama de "acidentes de percurso" no uso de derivativos e aproveita para narrar algumas perdas célebres provocadas pelo mau uso dos derivativos.
Ali está, entre outros, o caso do Banco Barings, ocorrido em fevereiro de 95, que provocou uma perda de US$ 1,3 bilhão. Uma grande tabela lista 35 perdas famosas com derivativos.



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