São Paulo, Domingo, 11 de Abril de 1999
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Valorização maior já aconteceu

da Reportagem Local

O investidor que decidir entrar nos fundos de ações neste momento não deve se enganar. As chances de se repetir o salto igual ao de fevereiro e março são mínimas.
"Agora está mais difícil haver um ganho de curto prazo, a probabilidade é menor", diz Jorge Simino, diretor da Unibanco Asset Management.
Isso porque, dizem os especialistas, notícias positivas como o acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e a aprovação da CPMF no Congresso já foram embutidas nos preços. Por isso a alta foi tão expressiva até agora.
Os recibos de Telebrás, por exemplo, que chegaram a bater em R$ 60 no início do ano, estão agora em R$ 151. Em 97, no pico da Bolsa, o papel estava próximo de R$ 180.
Ainda existem boas notícias no horizonte, mas a euforia inicial com a recuperação do país após a desvalorização cambial já passou.
Além disso, as CPIs podem trazer instabilidade.
Gabriel Jafet, da Oryx Asset Management, diz que o mercado está em alta ininterrupta desde a mudança na política cambial e, por isso, recomenda que o investidor espere alguma queda mais forte para comprar novas ações.
Ronaldo Magalhães, diretor da Sul América Investimentos, diz que quem não entrou até agora deve esperar que a Bolsa caia cerca de 5%. Para ele, embora se diga que no longo prazo a Bolsa é sempre bom investimento, a avaliar a hora certa para entrar é muito importante. (VA e CPl)




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