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INTEGRAÇÃO
Empresários estão interessados em investir
Delegação chinesa
organiza seminário
MAURICIO ESPOSITO
da Reportagem Local
Depois da visita de empresários
japoneses e da República Tcheca,
na semana passada, uma missão
empresarial de Hong Kong inicia
hoje mais uma rodada de contatos
e seminários no Brasil.
A delegação, com cerca de dez
empresários e representantes do
governo, irá se encontrar com representantes do governo paulista,
deve fazer uma visita à Bolsa de
Valores e organizará um seminário para empresários brasileiros.
Depois do Brasil, a delegação
viaja para a Argentina e Chile.
A delegação será chefiada pelo
secretário de Finanças de Hong
Kong, Donald Tsang.
Ele deverá ter um encontro reservado com um representante do
Banco Central.
O mercado da América Latina
representa pouco para as exportações chinesas, mas há interesse em
aumentar o comércio.
O Brasil ocupa a 22ª posição entre os principais mercados para as
exportações de Hong Kong.
Elas somaram apenas US$ 1,08
bilhão no ano passado, para um
total exportado de mais de US$
180 bilhões.
Nesse valor estão incluídas as exportações da China continental
realizadas pelo porto de Hong
Kong.
Os empresários que vieram ao
Brasil, entretanto, estão mais interessados na possibilidade de investimentos diretos no país.
Há uma curiosidade em relação
às privatizações de empresas de
infra-estrutura, tanto que o
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) deverá ter um representante
nos encontros previstos com os
empresários.
Um sinal desse interesse é a participação na delegação de empresas como a Hopewell Holdings Limited, um dos maiores grupos
asiáticos de desenvolvimento
imobiliário, e a Hutchison Telecom, que opera serviços de telefonia móvel, fixa e de pager em
Hong Kong.
O presidente-executivo do
HSBC (Hong Kong and Shangai
Banking Corporation), David Eldon, também estará presente.
A busca por novos mercados
ocorre em meio à crise econômica
no Sudeste Asiático, que vem afetando de forma significativa o comércio e investimentos regionais.
A delegação de quase cem empresários japoneses que esteve no
Brasil durante a semana passada
foi explícita neste ponto.
Depois da crise asiática, era hora
de tentar diversificar os investimentos para outros mercados.
No total de investimentos diretos no Brasil, a participação asiática é pequena se comparada com os
recursos vindos dos Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha.
O Japão, por exemplo, responde
por menos de 8% do total de investimentos diretos no país, que
em 97 atingiram a casa dos US$ 17
bilhões, aproximadamente.
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