São Paulo, segunda, 11 de maio de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

INTEGRAÇÃO
Empresários estão interessados em investir
Delegação chinesa organiza seminário

MAURICIO ESPOSITO
da Reportagem Local

Depois da visita de empresários japoneses e da República Tcheca, na semana passada, uma missão empresarial de Hong Kong inicia hoje mais uma rodada de contatos e seminários no Brasil.
A delegação, com cerca de dez empresários e representantes do governo, irá se encontrar com representantes do governo paulista, deve fazer uma visita à Bolsa de Valores e organizará um seminário para empresários brasileiros.
Depois do Brasil, a delegação viaja para a Argentina e Chile.
A delegação será chefiada pelo secretário de Finanças de Hong Kong, Donald Tsang.
Ele deverá ter um encontro reservado com um representante do Banco Central.
O mercado da América Latina representa pouco para as exportações chinesas, mas há interesse em aumentar o comércio.
O Brasil ocupa a 22ª posição entre os principais mercados para as exportações de Hong Kong.
Elas somaram apenas US$ 1,08 bilhão no ano passado, para um total exportado de mais de US$ 180 bilhões.
Nesse valor estão incluídas as exportações da China continental realizadas pelo porto de Hong Kong.
Os empresários que vieram ao Brasil, entretanto, estão mais interessados na possibilidade de investimentos diretos no país.
Há uma curiosidade em relação às privatizações de empresas de infra-estrutura, tanto que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) deverá ter um representante nos encontros previstos com os empresários.
Um sinal desse interesse é a participação na delegação de empresas como a Hopewell Holdings Limited, um dos maiores grupos asiáticos de desenvolvimento imobiliário, e a Hutchison Telecom, que opera serviços de telefonia móvel, fixa e de pager em Hong Kong.
O presidente-executivo do HSBC (Hong Kong and Shangai Banking Corporation), David Eldon, também estará presente.
A busca por novos mercados ocorre em meio à crise econômica no Sudeste Asiático, que vem afetando de forma significativa o comércio e investimentos regionais.
A delegação de quase cem empresários japoneses que esteve no Brasil durante a semana passada foi explícita neste ponto.
Depois da crise asiática, era hora de tentar diversificar os investimentos para outros mercados.
No total de investimentos diretos no Brasil, a participação asiática é pequena se comparada com os recursos vindos dos Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha.
O Japão, por exemplo, responde por menos de 8% do total de investimentos diretos no país, que em 97 atingiram a casa dos US$ 17 bilhões, aproximadamente.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.