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TRABALHO
Para entidade, possibilidade de erro nos extratos do Fundo é "remota"
Denúncia de erro no FGTS é ação "política", dizem bancos
DA REPORTAGEM LOCAL
A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) informa que a
possibilidade de erro na divulgação dos extratos do FGTS (Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço) fornecidos pelos bancos aos
trabalhadores é remota.
A afirmação é de Jorge Higashino, superintendente da área técnica da entidade. "Todo o trabalho foi feito para evitar qualquer
falha no processo", afirma.
Higashino diz que o problema
dos extratos do FGTS, levantado
pelo Sindicato dos Metalúrgicos
de São Paulo e publicado pela Folha no último domingo, tem intenção política. "O que eles querem é colocar lenha na fogueira
para atrapalhar as eleições."
Segundo o superintendente, o
acordo para o pagamento das
perdas do Fundo de Garantia, feito entre governo, centrais sindicais e empresas em junho do ano
passado, "possibilitou aos trabalhadores receber o crédito do
FGTS sem custo. Agora, se a pessoa insiste em ter o extrato antigo
nas mãos tem de pagar por isso."
Para o superintendente, é provável que o trabalhador tenha dificuldade para fazer as contas do
crédito a receber referente às perdas do Fundo, já que o país teve
quatro moedas desde o início da
década de 90 até hoje. "O acordo
foi feito para favorecer o trabalhador. Se ele tiver dúvida, deve procurar a Caixa Econômica."
A CEF volta a informar que não
há erro de cálculo nos extratos
que fornece aos trabalhadores para crédito no FGTS. O que pode
haver, diz, é ausência de informação -isto é, nem todos os extratos foram repassados da rede
bancária para a CEF. Se o trabalhador tiver dúvida, orienta, deve
procurar o banco que administrava a conta do Fundo para solicitar
o extrato antigo e depois levá-lo à
CEF.
José Maria Leão, gerente da CEF
responsável pelo FGTS, informa
que não é possível anexar cópia
dos extratos antigos aos que estão
sendo encaminhados aos trabalhadores, como quer o Sindicato
dos Metalúrgicos de São Paulo.
"Não existe tecnologia disponível
no país que permita fazer isso."
O que dá para fazer, diz, é mostrar pela internet os microfilmes
dos extratos. Mas quem pode visualizá-los são só os trabalhadores que têm os extratos da CEF,
pois neles constam um código.
A CEF diz que já encaminhou
26 milhões de extratos aos trabalhadores, 27 milhões já estão
prontos para serem enviados, dependem de atualização de endereços, e outros 60 milhões estão em análise. Na avaliação da Caixa, não há nada a ser investigado,
pois se existem erros - "se existem"-, são poucos. "Estamos falando de um universo de 113 milhões de contas. Não há razão para interromper o processo de pagamento dos créditos." (FF e CR)
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