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Adesão foi a acordo, não a valor, afirma ministro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro do Trabalho, Paulo Jobim, admitiu ontem que podem ocorrer erros nos valores do pagamento das perdas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço) durante os planos Verão e Collor 1, mas adiantou que os
trabalhadores têm 30 anos para reclamar diferenças no valor da
correção.
"Ao assinar o termo de adesão, o trabalhador aderiu às condições
do acordo, não ao valor a ser pago. Isso pode ser objeto de discussão pelos trabalhadores sem perda de nenhum direito", disse.
Anteontem, a Folha publicou
reportagem mostrando que, em
uma amostra de 60 extratos enviados pela Caixa Econômica Federal, 18 tinham erros. Os casos
foram descobertos pelo Sindicato
dos Metalúrgicos de São Paulo,
que pretende levar o caso ao Ministério Público Federal, pedindo
a suspensão do acordo do FGTS.
"Qualquer sistema desse porte,
em qualquer lugar do mundo, pode apresentar problemas mínimos. Seria muito difícil não ter erros", afirmou Jobim, para quem
os problemas são isolados e não
envolvem erro de cálculo.
Segundo o ministro, as falhas
podem ter ocorrido na fase de
"alimentação de dados". A Caixa
recebeu de 78 bancos as informações relativas aos saldos dos trabalhadores em mais de 55 milhões de contas do FGTS.
O diretor de transferência de benefícios da Caixa, José Renato
Corrêa, disse que o trabalhador
pode achar que houve erro pois o
extrato que recebeu informando
o valor da correção não condiz
com sua expectativa. "Mas ele podia ter mais de uma conta e nem
lembrar", explicou Corrêa.
Jobim disse ainda que a discussão sobre diferenças no valor da
correção pode ser feita com a Caixa em âmbito administrativo.
"Não é preciso entrar na Justiça."
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