DE BUENOS AIRES

A agência de notícias Bloomberg negou ter usado uma "conversação particular" ao divulgar, na semana passada, as declarações do presidente uruguaio, Jorge Batlle, que havia dito que os políticos argentinos são "um bando de ladrões" e que o presidente Eduardo Duhalde "não tem apoio político, não tem respaldo e não sabe aonde vai".
Durante a gravação da reportagem, Batlle fez essas declarações no intervalo de duas entrevistas que seriam concedidas à Bloomberg, em espanhol e em inglês.
Após a divulgação do vídeo, Batlle tentou evitar um incidente diplomático com o país vizinho e afirmou que a TV Bloomberg da Argentina havia usado uma "conversação particular" com dois repórteres para "prejudicar" o Uruguai. Disse também ter achado, por "inocência" e "boa-fé", que o material não seria usado, pois não fazia parte da entrevista.
Mas, para a Bloomberg, não houve nenhum acordo com o presidente para que a fita não viesse a público. "Essa não é nossa política", disse à Folha Chrys Taylor, do Departamento de Comunicação da Bloomberg em Nova York. Ela disse ainda que a câmera ficou o tempo todo ligada. (JS)


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