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Impacto seria também sobre benefício novo
MARCOS CÉZARI
DA REPORTAGEM LOCAL
O reajuste de 16,67% sobre
os benefícios acima do salário mínimo, vetado ontem
pelo presidente Lula, teria
impactos imediato e futuro.
O imediato alcançaria todos
os beneficiários que já recebiam R$ 333,35 ou mais em
março último -todos os que
recebiam até R$ 333,34 passaram a ganhar R$ 350 a partir de 1º de abril.
O futuro alcançaria quem
pedisse aposentadoria de
abril em diante. É que, nesse
caso, o teto dos benefícios
também teria de ser reajustado pelos 16,67%, com efeito retroativo a abril.
Com o reajuste de 16,67%,
o teto que vigorava em março
(R$ 2.668,15) subiria para R$
3.112,84 (e não apenas para
os atuais R$ 2.801,56).
Segundo Newton Conde,
diretor da Conde Consultoria Atuarial, o impacto ocorreria devido à forma como
hoje é calculado o valor inicial dos benefícios.
Em dezembro de 1999 entrou em vigor o fator previdenciário, que leva em consideração o tempo de contribuição do trabalhador, sua
idade e sua expectativa de vida na data da aposentadoria.
Quem tiver fator menor que
"1" receberá menos do que o
teto -e vice-versa (a média
do fator "1" é de R$ 2.460).
Conde fez o cálculo de um
trabalhador com 61 anos e 47
de contribuição, que contribuiu pelo teto desde julho de
1994. Seu fator seria 1,2790,
ou seja, ele teria direito a R$
3.146,34. Se ele pedisse o benefício hoje, não haveria o limite de R$ 2.801,56, mas sim
de R$ 3.112,84. Esse "novo
teto" seria 11,1% maior do
que o atual, de R$ 2.801,56.
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