São Paulo, sexta, 11 de setembro de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Banco GM anuncia nova alta de juros no financiamento de carro

ARTHUR PEREIRA FILHO
da Reportagem Local

O Banco GM anunciou ontem -apenas oito dias após o último reajuste- nova alta dos juros cobrados no financiamento de veículos da marca.
As taxas do banco da General Motors estão até 0,3 ponto percentual mais elevadas, segundo comunicado divulgado no início da noite. A taxa prefixada vai variar entre 3,3% e 3,65% ao mês, de acordo com o prazo do crédito e o valor da entrada.
Até quarta-feira, o banco cobrava entre 3,05% e 3,25% ao mês. Segundo a General Motors, o novo reajuste foi provocado pelo aumento do custo de captação.
Durante todo o dia de ontem, concessionárias da marca ouvidas pela Folha utilizaram tabela do Banco GM com taxas ainda mais elevadas, entre 3,22% (prazo de 24 meses e entrada de 30%) e 4,02% (36 meses e entrada de 10%).
Na Trans-Am, revenda GM de São Paulo, um Corsa Wind 1.0, que custa à vista R$ 11.881, podia ser comprado com entrada de 10% (R$ 1.188,10) e 36 prestações de R$ 590,14, o que representa taxa prefixada de 3,9% ao mês.
No dia anterior, o mesmo carro era oferecido em 36 parcelas de R$ 565,55, uma diferença de R$ 24,59. O aumento da prestação, no caso, foi de 4,3%.
Os bancos das demais fábricas -Fiat, Ford e Volkswagen- ainda não definiram novas taxas de juros. O Banco Ford informou à rede de concessionárias que não será divulgada nova tabela pelo menos até domingo.

Fora do mercado
Desde ontem, os bancos das montadoras passaram a ser a única alternativa de financiamento de carros para o consumidor.
Os instituições financeiras independentes (não ligadas aos fabricantes), como o Finasa, por exemplo, que ainda insistiam em manter linhas de crédito abertas para o financiamento de veículos, saíram do mercado no final da manhã.
No dia 2, os bancos das montadoras aumentaram os juros entre 0,5 e 0,8 ponto percentual e as prestações dos carros chegaram a ficar 10% mais caras. Para Marcos Vinicius Moya, presidente da Anef (associação das bancos das montadoras), a alta das taxas e a redução dos prazos são inevitáveis.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.