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Déficit cresce 20%
nos EUA e chega a
US$ 56,5 bilhões
de Nova York
O déficit de conta corrente dos
EUA, que inclui, além do comércio internacional de bens e serviços, o fluxo de investimentos entre
países e pagamentos feitos diretamente de governo para governo,
aumentou 20% no segundo trimestre do ano, de abril a junho. A
informação é do Departamento de
Comércio norte-americano.
O déficit atingiu uma cifra recorde de US$ 56,5 bilhões.
No primeiro trimestre do ano, o
déficit chegou a US$ 46,7 bilhões.
A previsão é que o déficit total de
1998 possa chegar a US$ 200 bilhões, o que será o pior valor já
atingido desde que o governo norte-americano começou a fazer essa
contagem, logo após a Segunda
Guerra Mundial.
Os motivos para esse déficit ainda são a crise asiática, que fez com
que as exportações de produtos
norte-americanos para países da
Ásia caíssem sensivelmente, enquanto a entrada de produtos
asiáticos nos EUA cresceu.
Isso porque, com a desvalorização das moedas desses países, seus
produtos são vendidos no mercado norte-americano por preços
menores do que os das empresas
locais.
Apenas o déficit de produtos dos
EUA atingiu o recorde de US$ 64,8
bilhões no segundo trimestre, 16%
maior que o déficit do primeiro
trimestre, enquanto o superávit
dos EUA em serviços cresceu apenas 1%, para US$ 20,9 bilhões.
A expectativa dos analistas é que
esse déficit continue a crescer,
com a crise financeira tendo se espalhado primeiro para a Rússia e
agora para a América Latina e Canadá, grandes mercados para os
produtos norte-americanos.
Perdas
Algumas empresas, como Protector & Gamble e Coca-Cola, já
anunciaram que deverão ter perdas de ganhos no terceiro trimestre do ano, devido à queda de exportação para a América Latina, o
que se refletirá no déficit.
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