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FRAUDES DO CAPITAL
Dono de banco de investimentos assume o órgão com a missão de combater a corrupção corporativa
Bush indica banqueiro de Wall Street para chefiar a SEC
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, George
W. Bush, indicou William Donaldson, banqueiro com mais de
quatro décadas de experiência em
Wall Street, para a presidência da
SEC (Securities and Exchange
Commission, órgão federal que
fiscaliza o mercado financeiro). O
cargo estava vago desde a saída de
Harvey Pitt, no mês passado.
Como disse Bush, a missão do
novo presidente da SEC será "ser
vigoroso na aplicação de nossas
leis contra a corrupção corporativa". Pitt, que iniciou o processo de
reformulação das práticas contábeis no país, caiu depois de ter a
credibilidade posta sob suspeita.
"A confiança nas corporações e
nas empresas financeiras dos
EUA foi seriamente atingida nos
últimos anos", disse Donaldson.
Além de ser sócio de uma banco
de investimentos, o novo presidente já trabalhou para o governo
e presidiu a Bolsa de Nova York
de 1990 a 1995.
Bush nomeou Donaldson um
dia depois de apresentar John
Snow como o novo secretário do
Tesouro, no lugar de Paul O'Neill.
O conselheiro econômico da Casa
Branca Larry Lindsey, demitido
na semana passada com O'Neill,
deverá ser substituído por Stephen Friedman, executivo do
banco Goldman Sachs.
Em 1959, Donaldson fundou,
com dois colegas de classe da Harvard Business School, uma corretora de investimentos que foi pioneira nas pesquisas institucionais.
A Donaldson, Lufkin & Jenrette
cresceu de maneira agressiva nos
anos 60, tendo fundos de pensão
entre seus clientes, e hoje administra bilhões de dólares. Donaldson, presidente da empresa, também já ocupou a presidência da
seguradora Aetna.
"Ele entende do negócio, e isso
significa que poderá fazer um
bom trabalho", disse James Angel, professor de finanças da Universidade Georgetown.
Bush afirmou que vai ampliar
os recursos da SEC. A verba anual
do órgão passará de US$ 438 milhões para algo entre US$ 800 milhões e US$ 850 milhões.
Com agências internacionais
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