São Paulo, Quarta-feira, 12 de Janeiro de 2000


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COUROMODA
Abicalçados cria programa de incentivos
Calçadistas querem exportar US$ 2,6 bi

Moacyr Lopes Júnior/Folha Imagem
Consumidor observa estande na Couromoda, no Anhembi


da Reportagem Local

A Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados) anunciou ontem um programa de fomento às exportações que pretende quase dobrar as vendas externas e gerar 50 mil empregos no setor até 2003. Para isso, a entidade planeja investir US$ 31 milhões.
O programa foi anunciado no primeiro dia da Couromoda, feira que reúne, até o dia 14, produtores de calçados brasileiros no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo.
Caso as metas sejam atingidas, a receita de exportação do setor saltará dos atuais US$ 1,33 bilhões (resultado de 1999) para US$ 2,57 bilhões em 2003.
Para atingir esse resultado, o programa prevê três focos de atuação: promoção dos produtos brasileiros no mercado mundial, melhoria da gestão empresarial no setor e eliminação de deficiências técnicas.
Dos US$ 31 milhões previstos, US$ 12,7 milhões devem sair da Apex (Agência de Promoção da Exportação), que ainda está analisando o projeto. O restante será financiado com recursos da própria indústria calçadista.
Nestor de Paula, presidente da Abicalçados, declarou estar otimista com a realização das metas. Em sua avaliação, dois problemas emperram as exportações: o marketing internacional e a carga tributária elevada.
"Precisamos desonerar as exportações. A promoção comercial, nós vamos fazer com o apoio da Apex. O governo federal, como o presidente afirmou, estará empenhado em resolver o problema da carga tributária", observou, comentando o discurso de FHC na abertura da feira.
Segundo Paula, a indústria brasileira tem, atualmente, capacidade para produzir 700 milhões de pares de sapatos.
"Hoje produzimos 550 milhões de pares, temos já uma boa margem para crescer. Se conseguíssemos abocanhar 10% do mercado que é atendido pela China, poderíamos dobrar nossa capacidade instalada. A indústria brasileira pode dobrar sua capacidade em dois, ou no máximo em três anos."


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