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PREÇOS
Participação do insumo no custo dos carros foi a 33%, apontam montadoras
GM e Fiat reajustam e culpam aço
DA FOLHA ONLINE
A General Motors e a Fiat vão
elevar os preços dos automóveis a
partir da próxima semana. O reajuste da Fiat será de 1% e começa a
valer na segunda-feira (14). Já a
GM irá promover aumento médio de 1,2% no preço de todos os
seus modelos da linha 2005 a partir de terça-feira (15).
No caso da GM, esse é o segundo aumento anunciado no ano. A
empresa já havia elevado, na média, em 1,9% o preço dos seus veículos no último dia 4 de janeiro.
Segundo argumentam as montadoras, os reajustes são decorrentes do repasse parcial da pressão exercida pelas altas de preços
das matérias-primas e insumos,
como o aço.
Participação crescente
Estudo da Abimaq (Associação
Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) mostra que
o preço do aço subiu 75% de janeiro a 31 de julho de 2004. De janeiro de 2002 a novembro de
2004, o aumento foi de 148%.
Segundo o presidente da Anfavea (associação das montadoras),
Rogelio Golfarb, a participação do
aço no custo do automóvel saltou
de 15% em 2002 para 33% em
2004. A escalada do preço do insumo vem gerando preocupação
em diversos setores da economia.
Para tentar impedir novos
avanços na cotação do produto,
representantes de vários setores
da indústria estão tentando agir
de forma unificada.
No começo deste mês, os industriais enviaram carta aos ministros Antonio Palocci Filho (Fazenda) e Luiz Fernando Furlan
(Desenvolvimento), em que alertavam para o impacto dos aumentos do aço na inflação.
O aviso dos fabricantes ocorreu
após manifestações do setor siderúrgico de que os aumentos de até
90% no minério de ferro deverão
provocar novos reajustes no aço.
Além da Abimaq e da Anfavea,
também assinaram o documento
a Abinee (Associação Brasileira
da Indústria Elétrica e Eletrônica),
a Eletros (Associação Nacional
dos Fabricantes de Produtos Eletro-Eletrônicos), o Sindipeças
(Sindicato nacional da Indústria
de Componentes para Veículos
Automotores), entre outros.
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