São Paulo, domingo, 12 de fevereiro de 2006

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Agricultor ficou frustrado com o óleo que contaminou poço de água

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SOUSA (PB)

DO REPÓRTER-FOTOGRÁFICO

Dono do poço com petróleo perfurado há 24 anos em Sousa (PB), o agricultor Crisogônio Estrela de Oliveira, 43, agradece a Deus por ter encontrado água potável em sua propriedade.
Frustrado com o óleo que contaminava seu poço, ele conta que ficou apreensivo ao cavar outro, a 200 metros de distância do primeiro: "Pensei que ia ter problema nesse também, mas, graças a Deus, deu água", diz.
Oliveira disse que nunca usou o petróleo para nada, a não ser para mostrar aos curiosos. "Se eu fosse ganhar pelo óleo que já puxei na lata, estaria rico", brinca. Leia trechos da entrevista. (FG e RC)

Agência Folha - Como apareceu o petróleo?
Crisogônio Estrela de Oliveira -
Meu pai perfurou esse poço de 46 metros e, no começo, a água só oleosa. Depois de uns quatro anos, era óleo puro.

Agência Folha - O que fizeram?
Oliveira -
A gente não queria óleo, queria água. Furamos outro poço, de 53 metros. Pensei que ia ter problema nesse também, mas, graças a Deus, deu água.

Agência Folha - Você preferiu achar a água?
Oliveira -
É porque a gente, nesse sertão seco.... A água aqui é pouca, sabe? No começo, preferia que fosse água, mas, como veio petróleo, tudo o que Deus dá é bom, não é?

Agência Folha - Como soube que era petróleo?
Oliveira -
Há uns quatro anos, um vizinho, o Pedro Maria [dos Santos], cavou um [poço] de 36 metros e também deu óleo. Ele mandou fazer exame e deu que era petróleo. Outros vizinhos também encontraram óleo.


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