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Máquinas puxam indústria de 5 Estados
IBGE mostra que setor alcançou incremento em todas as regiões do país no ano passado, o que não ocorria desde 2004
Nos últimos três meses de
2007, expansão industrial de SP ficou em 9,4%; Estado
cresce continuamente há
17 trimestres, diz pesquisa
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
A produção da indústria cresceu nas 14 regiões brasileiras
pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) em 2007, com destaque para os locais mais focados na produção de bens de capital (máquinas e equipamentos) e bens duráveis (automóveis e eletrodomésticos). Desde
2004, a expansão não atingia
todas as áreas.
Os melhores desempenhos
ficaram com Minas Gerais
(8,6%), Rio Grande do Sul
(7,5%), Espírito Santo (7,5%),
Paraná (6,7%) e São Paulo
(6,2%) -todas, acima do crescimento médio nacional de 6%.
Nessas áreas, concentram-se
fábricas de veículos, de máquinas e equipamentos (especialmente agrícolas nos Estado do
Sul), eletrodomésticos, autopeças, refinarias de petróleo e usinas de açúcar e álcool.
A produção de todos esses ramos aumentou com força na
esteira das melhores condições
de crédito e do aumento da renda e do emprego, diz Denise
Cordovil, economista do IBGE.
"Os setores de bens de capital
e duráveis foram os que tiveram os melhores resultados e
eles têm forte presença na estrutura industrial nesses Estados", diz. Em Minas, contribuiu
a mineração de ferro, prioritariamente voltada à exportação.
Responsável por cerca de
40% da produção do país, a indústria de São Paulo foi impulsionada pelos ramos de máquinas e equipamentos (16,2%),
veículos automotores (15,3%) e
material eletrônico e de comunicações (13,7%). Dos 20 setores, 17 tiveram taxas positivas.
Há 17 trimestres, a indústria
paulista cresce continuamente
na comparação com o mesmo
período do ano anterior. Nos
últimos três meses de 2007, a
expansão ficou em 9,4%, maior
marca desde o terceiro trimestre de 2004. Em dezembro, a
produção da indústria de São
Paulo subiu 8,2% ante o mesmo
mês de 2006.
Na comparação com novembro livre de efeitos sazonais,
houve queda de 0,5%, a segunda taxa negativa consecutiva.
Para o IBGE, trata-se de uma
acomodação, após a forte expansão de meses anteriores.
De novembro para dezembro, a produção caiu em 7 das
14 áreas. Os destaques negativos ficaram com Santa Catarina (-3,9%), Goiás (-2,7%) e Minas Gerais (-1,1%).
Câmbio
Alguns locais tiveram a produção afetada pelo câmbio, que
reduz a competitividade das
exportações e amplia a concorrência dos importados, segundo o economista Sérgio Vale, da
MB Associados. Foi o caso de
Amazonas (alta de 4,5% no acumulado do ano), Ceará (0,3%),
Bahia (2%) e Goiás (2,3%).
Ramos como calçados, eletroeletrônicos e celulares, entre outros, perderam espaço
para importados ou reduziram
exportações em razão da valorização do real.
Segundo Cordovil, o menor
ritmo da indústria de alimentos, forte no Nordeste e em
Goiás, também explica o desempenho mais modesto dessas áreas. No Rio, o crescimento foi de 2,1%, prejudicado por
paradas em plataformas de
produção de petróleo.
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