MAURO ZAFALON
da Redação

Os preços poderão voltar a apresentar deflação em São Paulo. No início deste mês, a taxa de inflação da Fipe teve forte recuo, para 0,09%, e a tendência é de novas quedas. Em janeiro, foi de 0,24%.
Basta o preço médio dos alimentos manter a tendência de queda registrada na primeira quadrissemana do mês para que ocorra a deflação, diz Heron do Carmo, coordenador do índice da Fipe.
Se confirmada, essa taxa de deflação será a primeira após o 0,76% de agosto do ano passado. Já a taxa acumulada de 12 meses, que está em 3,8%, terá pouca variação, já que a de fevereiro de 97 ficou em apenas 0,01%.
As maiores pressões de queda em fevereiro ficaram para alimentos, despesas pessoais e vestuário. No setor de alimentos, as maiores quedas se concentraram em produtos "in natura" e na alimentação fora do domicílio. Já os produtos semi-elaborados, devido ao aumento dos preços do feijão (8,74%), subiram 0,93%.
Os custos com habitação caíram 0,14%, taxa próxima do 0,15% de janeiro. O setor deve fechar o mês com queda de preços porque os recuos nos aluguéis vão continuar, segundo Heron do Carmo. Nos últimos 30 dias até 7 de fevereiro, os aluguéis caíram 0,12%.
O custo dos transportes voltou a subir. Conforme a última pesquisa da Fipe, os paulistanos tiveram gastos 1,14% maiores no setor. Essa pressão veio da alta de 5,41% nas tarifas de ônibus.
INPC e IPCA sobem
A inflação medida pelo INPC (famílias com renda de 1 a 8 mínimos) foi de 0,85% em janeiro, segundo o IBGE (0,57% em dezembro). O IPCA (1 a 40 mínimos) foi de 0,71% (0,43% em dezembro).



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