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Zoellick deixa brecha aberta para
revisão da cota de aço do Brasil
CLÁUDIA DIANNI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O secretário de Comércio dos
EUA, Robert Zoellick, deixou
uma brecha aberta ontem para
uma possível revisão da cota de
importação de aço oferecida ao
Brasil, ao lembrar que seu governo terá 120 dias para analisar pedidos feitos por países e empresas. Mas disse que há setores fechados no Brasil sobre os quais os
EUA também querem discutir.
"Para dar um exemplo, nossos
fabricantes de automóveis enfrentam tarifas de 35% no Brasil.
Essa tarifa é mais alta do que a que
será aplicada ao aço brasileiro." O
Itamaraty espera convencer Zoellick a melhorar a cota de 2,5 milhões de toneladas de placas semi-acabadas de aço oferecidas ao
Brasil. Os americanos aumentaram a cota da Coréia do Sul no fim
da semana passada.
O governo brasileiro quer atender ao pedido da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), que, a
exemplo da coreana Posco, comprou um siderúrgica americana.
Portanto pretende aumentar as
vendas de placas de aço para o
mercado americano.
Ao deixar o Ministério da Fazenda ontem, onde reuniu-se por
mais de duas horas com o ministro Pedro Malan (Fazenda), Zoellick lembrou várias vezes que a
cota brasileira preserva 87% das
exportações de aço do Brasil para
os EUA e disse não acreditar que o
país queira o mesmo tratamento
oferecido à Coréia do Sul.
"A revisão da Coréia preserva
50% das exportações, enquanto a
cota do Brasil preserva 87%",
comparou. Segundo ele, as medidas de salvaguarda foram tomadas para ajustar a indústria siderúrgica americana.
"Queremos tempo para ajudar
nossa indústria a aumentar sua
produtividade com apoio de nossos parceiros para criar uma economia mais forte, e, quando isso
ocorrer, vamos importar mais."
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