São Paulo, terça-feira, 12 de março de 2002

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Bom para o produtor
Os produtores rurais do Estado de São Paulo receberam mais pelos seus produtos no início deste mês. Segundo o IEA (Instituto de Economia Agrícola), na primeira quadrissemana deste mês os preços pagos aos produtores subiram 0,59% -o maior aumento desde a primeira quadrissemana de janeiro, quando os preços haviam subido 1,55%.

Ganhos e perdas
Dos 19 produtos analisados pelo IEA, 9 apresentaram quedas (amendoim, arroz, banana, batata, café, cana, soja, aves e suínos) e 9 tiveram alta (algodão, cebola, feijão, laranja, milho, tomate, trigo, leite e ovos). O boi gordo permaneceu estável.

Tomate em alta
Entre os destaques das altas estão o tomate, com reajuste de 53%, e os ovos, que sofreram aumento de 28%, segundo o IEA. Já entre as maiores quedas estão a soja, que apresentou retração de 14%, e as aves, com recuo de 11%.

Expectativa de safra
Segundo o Cepea, o preço do algodão caiu ontem pelo sexto dia útil seguido, para R$ 0,9859 por libra-peso da pluma. Neste mês, a queda acumulada é de 1,49%. O principal motivo para esse cenário são as expectativas de oferta da nova safra que já começa a ser colhida em São Paulo e no Paraná.

Vendas fracas
Com a queda das vendas no varejo, o preço do frango vivo caiu 5% ontem no Estado de São Paulo, para R$ 0,95 o quilo. Um pequeno aumento da produção e excesso do produto na região Sul do país também contribuíram para a queda.

Futuro incerto para o boi
Com a desvalorização do peso argentino e a redução das cotações do boi no Uruguai, os produtores de boi gordo desses países devem tornar-se fortes concorrentes dos produtores brasileiros, tanto no mercado interno como no externo. Esse fator deverá afetar as perspectivas de preços do produto no mercado interno, segundo análise do IEA.

Preços no Mercosul
Na Argentina, na semana passada, a arroba do boi estava sendo negociada a US$ 12, contra US$ 27 há um ano. No Uruguai, a arroba custa US$ 16, contra US$ 22 em março de 2001. No Brasil, tanto hoje como em março do ano passado, o preço é de US$ 19.

Padrões de segurança
Agricultores da União Européia reivindicam incremento nos padrões de segurança dos produtos dos países do Leste Europeu e do centro do continente que querem ingressar no bloco econômico. O temor é o retorno de doenças, como o mal da vaca louca e a febre aftosa, que afetaram a Europa há pouco mais de um ano.

UE mais rígida
"Um política mais rígida de controle de segurança é necessária. Hoje, por exemplo, só 12% dos matadouros da Polônia se encaixariam nas regras da União Européia", disse Augusto Bocchini, presidente da Confagricoltura, associação italiana de produtores. A Polônia é um dos dez países que esperam entrar na União Européia em 2004.

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