São Paulo, sexta-feira, 12 de abril de 2002

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MERCADO

Próximo objetivo seria a aquisição da Bovespa

BM&F compra a Bolsa do Rio de Janeiro e o Sisbex por R$ 40 milhões

DA REPORTAGEM LOCAL

Está marcado para o próximo dia 23 o anúncio oficial da compra do Sisbex e de dois terços dos títulos patrimoniais da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ) pela BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). Crescem no mercado agora os rumores de que o próximo passo da BM&F será a aquisição da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).
Segundo informações divulgadas pela Bolsa carioca, a maioria das corretoras que a compõem concordou com a proposta apresentada pela BM&F.
O valor da negociação deverá atingir R$ 40 milhões. Os detalhes e condições da oferta não foram divulgados.
A proposta deverá ser aprovada formalmente no dia 23 de abril, durante uma assembléia geral extraordinária.

Sisbex
O Sisbex é o sistema eletrônico de negociação da Bolsa do Rio. Ele está em operação desde o dia 25 de agosto de 2000 e é resultado de um acordo entre as Bolsas do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Desde então, o Sisbex faz negócios com o câmbio e com títulos públicos no mercado secundário -utilizado pelas instituições financeiras que atuam com renda fixa. Já os negócios com ações foram todos concentrados na Bovespa. A notícia já era esperada pelo mercado que aguardava o anúncio do acerto da negociação para antes do início das operações do novo SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro), marcado para o próximo dia 22.
Os negócios no mercado futuro têm crescido fortemente nos últimos anos, enquanto o mercado de ações à vista se esvazia a cada dia. Na BM&F, o giro médio diário supera os R$ 15 bilhões.
Nesta semana, em um pregão, o Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista que reflete o comportamento das 57 ações mais negociadas) chegou a movimentar apenas R$ 279 milhões. No ano, poucas vezes a média de giro financeiro diário do superou os R$ 600 milhões.
A Bolsa sofre com a queda de investimentos estrangeiros e com a tributação e tenta, no Congresso, obter a aprovação do fim da CPMF para a compra de ações. Desde janeiro deste ano, convive com o aumento de 10% para 20% da alíquota do Imposto de Renda para aplicações em Bolsa.



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