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Aumento por gatilho é neoliberal, diz Serra
DA SUCURSAL DO RIO
O senador José Serra (SP), pré-candidato do PSDB à Presidência,
qualificou ontem de "ultra, ultra,
ultra, ultraneoliberal" a política
de reajuste automático dos preços
dos combustíveis de acordo com
o mercado externo.
Para Serra, "a polêmica em torno dos preços envolve três questões: equívoco de teoria econômica; perspectiva ultra, ultra, ultra,
ultraneoliberal; e conveniência
corporativa ou de quem quer ganhar dinheiro com o assunto".
Foi mais uma crítica do pré-candidato governista à decisão da
Petrobras de introduzir um gatilho quinzenal nos preços dos
combustíveis, devido ao tobogã
internacional instaurado com a
crise do Oriente Médio.
"Quatro quintos do petróleo
que nós consumimos são produzidos aqui. Não tem cabimento
que o aumento lá fora se traduza
em aumento exatamente proporcional aqui dentro", afirmou.
O senador exemplificou: "Na
hipótese de o preço subir 10% lá
fora, aqui subiria 2%, 3%". Sobre
o paralelo com o comércio de
produtos como soja e café (commodities), Serra disse: "Com soja
e café há concorrência. Mas a Petrobras é monopolista, [opera"
em um mercado oligopolizado".
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