São Paulo, sexta-feira, 12 de abril de 2002

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Produtor rural fará paralisação no final do mês

FABRICIO VIEIRA
DE BUENOS AIRES

Os produtores rurais argentinos, reunidos na Confederação Rural Argentina (CRA), decidiram realizar uma paralisação de atividades durante quatro dias para protestar contra a política do governo para o setor. O protesto, que começa no próximo dia 28, foi motivado pelo aumento do imposto às exportações feito pelo governo na semana passada.
Durante os dias de protesto, bloqueios tentarão impedir que caminhões e trens levem para os portos grãos, farelos, óleos vegetais e outros produtos destinados à exportação que sofreram com o aumento na alíquota do tributo ao setor. A distribuição de produtos no mercado interno também deve ficar comprometida.
O presidente Eduardo Duhalde se reuniu durante mais de cinco horas com os governadores peronistas para conseguir apoio para realizar os ajustes exigidos pelo FMI. Os governadores queriam um novo pacto fiscal, que incluísse o imposto às exportações. A Câmara dos Deputados transformou o pacto fiscal, que prevê um ajuste de 60% no déficit das Províncias neste ano, em lei na madrugada de ontem.
O chefe da missão do Fundo no caso argentino, Anoop Singh, disse que o país só vai receber ajuda da entidade se houver avanços no cumprimento das exigências.
O governo decidiu proibir o reajuste de tarifas de gás e energia elétrica -previsto para maio.
No primeiro trimestre do ano, 38 empresas argentinas deram calote, diz a Standard & Poor's.



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