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Produtor rural fará paralisação no final do mês
FABRICIO VIEIRA
DE BUENOS AIRES
Os produtores rurais argentinos, reunidos na Confederação
Rural Argentina (CRA), decidiram realizar uma paralisação de
atividades durante quatro dias
para protestar contra a política do
governo para o setor. O protesto,
que começa no próximo dia 28,
foi motivado pelo aumento do
imposto às exportações feito pelo
governo na semana passada.
Durante os dias de protesto,
bloqueios tentarão impedir que
caminhões e trens levem para os
portos grãos, farelos, óleos vegetais e outros produtos destinados
à exportação que sofreram com o
aumento na alíquota do tributo
ao setor. A distribuição de produtos no mercado interno também
deve ficar comprometida.
O presidente Eduardo Duhalde
se reuniu durante mais de cinco
horas com os governadores peronistas para conseguir apoio para
realizar os ajustes exigidos pelo
FMI. Os governadores queriam
um novo pacto fiscal, que incluísse o imposto às exportações. A
Câmara dos Deputados transformou o pacto fiscal, que prevê um
ajuste de 60% no déficit das Províncias neste ano, em lei na madrugada de ontem.
O chefe da missão do Fundo no
caso argentino, Anoop Singh, disse que o país só vai receber ajuda
da entidade se houver avanços no
cumprimento das exigências.
O governo decidiu proibir o reajuste de tarifas de gás e energia
elétrica -previsto para maio.
No primeiro trimestre do ano, 38 empresas argentinas deram calote, diz a Standard & Poor's.
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