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Em SP, taxa da Fipe registra desaceleração
MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO
Após um abril com forte aceleração nos preços, a inflação
começa a recuar neste mês em
São Paulo. A taxa média dos últimos 30 dias até 7 deste mês foi
de 0,68%, abaixo do 0,83% do
mês passado. Os números são
do IPC (Índice de Preços ao
Consumidor) da Fipe. Paulo
Picchetti, coordenador do IPC,
prevê novos recuos, e estima
taxa de 0,45% para este mês.
O ritmo da inflação cai em
São Paulo porque os três principais fatores de pressão do
mês passado já perderam força. O vilão das últimas semanas
-reajuste na tarifa de ônibus
promovido pela prefeitura de
São Paulo- deixou de exercer
pressão sobre o índice.
Os remédios, que iniciaram
abril com forte pressão, também começam a perder ritmo.
Os alimentos, após um longo
período de alta, registraram a
primeira desaceleração na taxa
nas últimas sete semanas.
Picchetti diz que essa tendência de desaceleração mostrada
pelo IPC da Fipe também será
apontada pelo IPCA do IBGE
neste mês. Segundo ele, a direção oposta dos dois índices divulgados ontem tem um motivo: o IPCA está mostrando o
que a Fipe já mostrou no mês
passado, quando a taxa -prevista inicialmente em 0,45%-
ficou em 0,83%.
Apesar da tendência de queda no setor de alimentação, os
alimentos industrializados
continuam com lenta e gradual
reposição de preços, segundo
Picchetti. Essa reposição ocorre porque esses itens subiram
menos do que a inflação média
nos últimos 12 meses.
"Os agrícolas, principalmente os "in natura", são um desafio
para qualquer estimativa de inflação", diz Picchetti. Mesmo
assim, ele diz que o índice ponta a ponta -a comparação dos
preços da primeira semana
deste mês com os da primeira
de abril- já mostra queda.
Estudo feito pelo economista
com base no comportamento
dos 525 itens que compõem o
índice da Fipe mostra que é
quase impossível determinar o
comportamento de alguns alimentos, como os "in natura".
Os mais voláteis são limão, maracujá, kiwi, tomate e vagem.
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