São Paulo, quinta-feira, 12 de maio de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SAIBA MAIS

Reportagem da Folha revelou brecha na lei

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em dezembro de 2002, a Receita Federal editou a solução de consulta nš 9 (SC-9), que colocou caça-níqueis, videopôquer e videobingo sob a mesma classificação de computadores comuns. Esse instrumento, segundo o Ministério Público Federal, facilitou a importação de máquinas de jogos de azar, proibida por lei desde 1941.
No ano passado, o Ministério Público e a Corregedoria da Receita identificaram indícios de que a SC-9 teria sido "encomendada" por importadores de máquinas de jogos de azar.
A SC-9 teria sido gerada a partir de consulta feita pela Febralot (Federação Brasileira das Empresas Lotéricas). Em agosto de 2004, contudo, a Folha publicou que o pedido da Febralot era falso.
Nas investigações, o Ministério Público e a Corregedoria da Receita descobriram que a assinatura do presidente da Febralot, Paulo Leonel Michielon, havia sido falsificada.
Dez dias após a publicação da reportagem, o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, mandou anular a SC-9.
Com base nas investigações do Ministério Público e da Corregedoria da Receita, a Polícia Federal realizou nesta semana busca e apreensão em 19 endereços. Entre eles, estavam as casas de dois funcionários com cargos-chave na Receita (Cesar Dalston e Helder Silva Chaves).


Texto Anterior: Jogo de azar: Chefes da Receita são alvo de operação da PF
Próximo Texto: Outro lado: Servidor nega irregularidade
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.