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Piora lá pode agravar mais a situação aqui
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma piora no desempenho
da economia norte-americana
agravaria ainda mais a situação
da economia brasileira: dificultaria a retomada das exportações brasileiras e tornaria os investidores internacionais ainda
mais cautelosos.
Cerca de 25% das exportações brasileiras vão para os
EUA. Outros 25% para a Europa. Como a Argentina, outro
importante mercado brasileiro, não deve aumentar suas
compras do Brasil devido à
grave crise que enfrenta, as exportações brasileiras dependem desses dois mercados para
crescerem.
Um prolongamento da recessão norte-americana, no entanto, comprometeria também
o crescimento europeu, que depende das vendas para o mercado norte-americano para garantir seu crescimento.
Com a economia mundial
crescendo menos, ficaria mais
difícil para o Brasil aumentar as
exportações e o superávit comercial, objetivo que o país
precisa atingir para reduzir a
dependência de financiamento
externo para pagar suas contas.
Outro efeito negativo seria
uma nova retração dos investidores internacionais, que já estão diminuindo há mais de um
ano suas aplicações em países
emergentes, como o Brasil.
Com o crescimento mundial
reduzido, a tendência seria engavetar projetos de investimento e colocar os recursos em
aplicações consideradas seguras, como os títulos da dívida
do governo dos EUA.
Nos dois casos -a dificuldade para aumentar os superávits
na balança comercial e a redução dos investimentos estrangeiros-, o Brasil teria problema para diminuir o desequilíbrio externo.
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