DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério da Fazenda informou que montadoras e distribuidoras cumpriram sua parte no acordo que reduziu o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) em três pontos percentuais para carros populares e médios.
Segundo o secretário-adjunto da Receita Federal Ricardo Pinheiro, o preço dos carros para os consumidores caiu em agosto entre 2,84% e 3,15%. Ao anunciar o acordo, no começo do mês passado, as montadoras assumiram o compromisso de repassar o desconto do IPI para o consumidor. "A primeira avaliação é que houve repasse", disse Pinheiro.
Embora os preços tenham caído, a esperada retomada nas vendas não ocorreu. Segundo a Receita, no mês passado o país vendeu 18,5% menos carros que em agosto de 2002. O resultado foi uma queda de 26,16% na arrecadação do IPI de automóveis -o imposto gerou R$ 166 milhões.
Quando o governo anunciou a redução de imposto, estimou que estaria abrindo mão de R$ 342 milhões em arrecadação até novembro, último mês do acordo. O número, no entanto, só se confirmaria se não houvesse aumento nas vendas. Em agosto não houve.
O ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, já disse que a redução do imposto é uma experiência para ver se a medida funciona.
Pinheiro reconhece, indiretamente, que a redução de imposto não foi vantajosa até agora. "A grande vantagem foi acabar com a expectativa dos consumidores, que estavam adiando a decisão de compra."


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