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Banco começa auditoria na AES
DA REPORTAGEM LOCAL
O diretor de Financiamento e
Infra-Estrutura do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social), Roberto Timótheo da Costa, começou ontem a realizar auditoria na contabilidade da Eletropaulo e das outras empresas da AES das quais o
banco deverá ser sócio.
Timótheo esteve em São Paulo
com uma equipe de colaboradores, que serão responsáveis pela
análise dos números. O processo,
chamado de "due diligence", deverá estar concluído até 15 de dezembro, prazo no qual o BNDES e
a norte-americana AES terão de
ratificar o acordo preliminar
anunciado na segunda-feira.
O objetivo da auditoria é ter um
retrato preciso da situação financeira dos ativos que vão integrar a
Novacom, empresa que será controlada pela AES e na qual o
BNDES terá participação de 50%
menos uma ação. O banco estatal
aceitou as ações como abatimento de metade da dívida de US$ 1,2
bilhão da AES. Os restantes US$
600 milhões serão refinanciados.
Garantia
Além da Eletropaulo, serão auditadas as seguintes empresas:
AES Tietê, AES Uruguaiana e AES
Sul. Não está definido ainda se a
AES Sul fará parte da Novacom.
Isso dependerá da decisão que o
BNDES tomar depois da auditoria. Para que o acordo seja ratificado, a AES terá de levantar o
ônus que pesa sobre os ativos da
AES Tietê, dados como garantia
na emissão de US$ 300 milhões
em bônus nos Estados Unidos.
Pelo acordo preliminar, o
BNDES poderá indicar dois diretores da Novacom, e a AES, outros dois. O nome do presidente
da empresa terá de ser aprovado
pelos dois sócios.
Com 14 milhões de consumidores, a Eletropaulo é a maior distribuidora de energia da América
Latina. O acordo anunciado segunda-feira prevê que a AES continuará a ser responsável pela administração da empresa. O
BNDES terá uma representação
inferior à da AES no conselho de
administração, mas terá poder de
veto sobre questões estratégicas.
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