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São Paulo, sexta-feira, 12 de setembro de 2003

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Banco começa auditoria na AES

DA REPORTAGEM LOCAL

O diretor de Financiamento e Infra-Estrutura do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Roberto Timótheo da Costa, começou ontem a realizar auditoria na contabilidade da Eletropaulo e das outras empresas da AES das quais o banco deverá ser sócio.
Timótheo esteve em São Paulo com uma equipe de colaboradores, que serão responsáveis pela análise dos números. O processo, chamado de "due diligence", deverá estar concluído até 15 de dezembro, prazo no qual o BNDES e a norte-americana AES terão de ratificar o acordo preliminar anunciado na segunda-feira.
O objetivo da auditoria é ter um retrato preciso da situação financeira dos ativos que vão integrar a Novacom, empresa que será controlada pela AES e na qual o BNDES terá participação de 50% menos uma ação. O banco estatal aceitou as ações como abatimento de metade da dívida de US$ 1,2 bilhão da AES. Os restantes US$ 600 milhões serão refinanciados.

Garantia
Além da Eletropaulo, serão auditadas as seguintes empresas: AES Tietê, AES Uruguaiana e AES Sul. Não está definido ainda se a AES Sul fará parte da Novacom. Isso dependerá da decisão que o BNDES tomar depois da auditoria. Para que o acordo seja ratificado, a AES terá de levantar o ônus que pesa sobre os ativos da AES Tietê, dados como garantia na emissão de US$ 300 milhões em bônus nos Estados Unidos.
Pelo acordo preliminar, o BNDES poderá indicar dois diretores da Novacom, e a AES, outros dois. O nome do presidente da empresa terá de ser aprovado pelos dois sócios.
Com 14 milhões de consumidores, a Eletropaulo é a maior distribuidora de energia da América Latina. O acordo anunciado segunda-feira prevê que a AES continuará a ser responsável pela administração da empresa. O BNDES terá uma representação inferior à da AES no conselho de administração, mas terá poder de veto sobre questões estratégicas.


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