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resgate
Alemanha adota intervenção nos bancos
DO ENVIADO ESPECIAL A MADRI
Os 15 países da eurozona
(que adotam o euro como
moeda comum) parecem
prontos para copiar o plano
britânico de resgate dos bancos, incluída a estatização
parcial de alguns deles, segundo todas as informações
prévias à cúpula que realizarão hoje à tarde em Paris.
O governo alemão já se antecipou e, segundo a revista
"Der Spiegel", tem pronto
pacote de novas garantias
para os depósitos bancários,
ajudas de liquidez aos bancos
e injeção de capital que poderia custar entre 50 bilhões
e 100 bilhões.
A indicação mais clara de
que esse caminho se generalizará na Europa foi dada pela ministra francesa da Economia, Christine Lagarde,
em entrevista radiofônica:
"Vimos o Reino Unido, que
está fora da zona euro, fazer
propostas nesse sentido e
mobilizar 25 bilhões de libras para participar da recapitalização dos bancos. Suponho que essa seja uma das
pistas [da reunião]", disse.
Lagarde foi a autora, na semana passada, de um balão
de ensaio: criar um fundo comum europeu em torno de
300 bilhões para os bancos.
Esse plano foi esvaziado pela
Alemanha, porém o cenário
mudou após o novo derretimento nas Bolsas.
Ao contrário do pacote
americano, o plano europeu
buscaria capitalizar os bancos, até porque a contaminação por papéis podres na Europa é menor.
Resta saber se o modelo
britânico é estabilizador.
Paul Krugman, economista-estrela, acha que sim. Elogiou a iniciativa do governo
Gordon Brown, em artigo
publicado ontem pela Folha.
No entanto, o pacote de
Brown não foi suficiente para conter a sangria na Bolsa
britânica durante a semana.
Ela caiu 20,73%, mais até
que a de Nova York (18,79%).
Mas as turbulências nas Bolsas não são o foco central dos
governos. O problema é a secura do crédito, inclusive entre bancos, por falta de confiança, que pode ser minimamente restabelecida com
uma injeção de capital.
A decisão que os 15 da eurozona vierem a adotar hoje
será certamente estendida
ao conjunto dos 27 países da
União Européia. O que acontece, se não houver algo forte
e coordenado? "A economia
mundial passará pela sua
pior queda desde a Grande
Depressão", afirmou Krugman, ontem no artigo.
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