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Rede poderá
exportar soja
para Europa
da Reportagem Local
O Carrefour pode abrir mais
uma frente de negócios no Brasil: a
exportação. Segundo o superintendente da rede, Jean Duboc, a
empresa quer vender soja produzida nas fazendas brasileiras para
os fabricantes de produtos alimentícios na Europa.
O objetivo da empresa francesa é
garantir a venda, nos supermercados, de produtos com origem controlada. O que está no centro das
preocupações do Carrefour é a
produção de alimentos alterados
geneticamente.
O Brasil é um dos últimos países
com vocação agrícola que ainda
não autorizou o investimento nos
chamados produtos transgênicos.
A produção brasileira de soja, sem
alteração genética, seria vendida
pelo Carrefour aos fabricantes de
alimentos que usam o grão como
matéria-prima.
"Infelizmente, o governo brasileiro está estudando a possibilidade de autorizar os produtos transgênicos. Queremos garantir pelo
menos a possibilidade de comprar
no Brasil a soja que não tenha sido
geneticamente alterada."
O Carrefour já está negociando
com fazendeiros brasileiros a garantia de fornecimento de soja tradicional, mesmo que o governo
aprove a produção transgênica.
"É difícil prever, mas podemos
começar a exportação com 300 mil
toneladas de soja por ano", diz
Duboc. "A venda de soja que não
foi alterada é uma boa oportunidade para o país."
A idéia de garantir a fabricação
de produtos que não usem como
matéria-prima plantas alteradas
geneticamente é uma medida de
prudência, segundo o superintendente do Carrefour brasileiro.
"Os produtores podem dizer que
a alteração genética não causa
problemas, mas o problema é que
não sabemos exatamente quais
são as consequências desse método."
(RG e FF)
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