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Parecer vai
ser revisto,
diz a AmBev
da Reportagem Local
A AmBev (Companhia de
Bebidas das Américas) disse,
ontem, que não aceita a sugestão de venda da marca Skol e
dos ativos da companhia, uma
das restrições propostas pela
Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico), do Ministério da Fazenda, para aprovar a associação entre a Antarctica e a Brahma.
Em comunicado oficial distribuído à imprensa, a empresa
afirma acreditar que essa condição será revista pela SDE (Secretaria de Direito Econômico)
e pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) nas fases decisivas do processo.
Para a AmBev, a venda da
marca Skol é uma atitude desnecessária para a manutenção
da livre concorrência no mercado e prejudicial aos objetivos
que levaram Brahma e Antarctica a se associarem. Segundo a
nota, a venda da marca e dos
ativos da Skol tornaria a AmBev menor do que a própria
Brahma.
Além de não aceitar a venda
da Skol, a AmBev questiona a
qualidade técnica do parecer
da Seae. Segundo a AmBev, o
parecer recomendou a venda
de duas unidades fabris
-Londrina (PR) e Nova Lima
(MG)- desativadas há mais
de seis anos.
Em resposta a essa crítica da
AmBev, o coordenador de Defesa da Concorrência da Seae,
Paulo Corrêa, afirmou que, das
quatro fábricas da Skol que a
secretaria conhece, "pelo menos duas" estariam em funcionamento: a de Guarulhos (SP)
e a do Gama (DF).
"As outras duas eu não tenho
certeza se estão funcionando",
disse Corrêa, na entrevista em
que o relatório foi apresentado.
Corrêa afirmou que a AmBev
deve vender "todos os ativos"
do negócio de cervejas associados à marca Skol. Os ativos incluiriam as quatro fábricas e, se
fosse o caso, outras unidades
ainda desconhecidas da Seae
que estivessem sendo utilizadas para a fabricação da cerveja
Skol.
Confiante na aprovação final
da fusão, a AmBev diz que o
parecer da Seae é a primeira
etapa das três análises que vêm
sendo realizadas por órgãos do
governo encarregados de avaliar aspectos concorrenciais e
econômicos da associação entre as duas companhias. A AmBev, afirma o comunicado, tem
"plena convicção" de que a decisão final sobre a associação
será favorável e sem restrições.
A AmBev assegura que a fusão irá significar redução no
preço da cerveja no país. Segundo a AmBev, os ganhos de
eficiência resultantes da união
de esforços das empresas serão
repassados ao consumidor.
Segundo os dirigentes da
AmBev, não há qualquer possibilidade de aumento de preços,
inclusive nas regiões em que as
marcas Brahma, Antarctica e
Skol detenham a liderança de
mercado.
Na documentação enviada
tanto à Seae quanto à SDE e ao
Cade, a empresa calcula redução de 14% nos custos como
consequência de sinergias, um
diferencial que permitiria a efetiva redução dos preços.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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